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Transplante de fígado: quais os requisitos para doar o fígado?

Atualizado em: 22/01/2021

A doação de fígado é um ato de amor e uma atitude muito generosa que demonstra um traço de personalidade incrível. Portanto, a pessoa que se dispõe a doar um órgão, seja para um parente, conhecido ou até desconhecido, é uma heroína ou herói.

Pré-requisitos para doar o fígado

Existem alguns pré-requisitos para doar o fígado, por exemplo, o tipo sanguíneo, a altura e o peso do doador vivo devem ser compatíveis com os do receptor.

Isso acontece porque o transplante não pode ser realizado quando a pessoa que vai doar pesa 100 kg e o receptor 50 kg.

O doador não poderá doar caso ele tenha gordura no fígado e esteatose hepática. Porém, se for uma pessoa de 80 e 90 kg com um fígado saudável doando para uma de 50 kg, o procedimento é viável.

Portanto, existem três fatores que influenciam a doação de fígado, são eles:

  • fígado saudável do doador;
  • tipo sanguíneo compatível;
  • peso compatível.

Quando o peso entre o doador e receptor é compatível?

O doador com maior peso pode doar para um receptor de menor peso, porém, o inverso não pode acontecer porque existe uma proporção de quem vai receber o fígado.

Por exemplo, o nosso fígado pesa 2% do nosso peso. Então, se uma pessoa pesa 80 kg x 2%, o fígado pesa 1,600 kg.

Em todo transplante de fígado, o mais indicado é que o transplantado receba a metade do fígado do doador, ou seja, 1%.

Tenho uma doença, posso doar o meu fígado?

Antes de fazer o transplante de fígado, é preciso realizar uma triagem no receptor para avaliar os riscos de doenças associadas com a troca do fígado doente por um fígado novo.

Assim como não podemos colocar em risco a vida do receptor, também não podemos colocar em risco a vida do doador. Portanto, se o doador tiver doenças associadas, como problema cardiológico, pulmonar ou doença infecciosa (hepatites, toxoplasmose, rubéola, sífilis...), é preferível não usar o seu órgão.

Além dos aspectos citados acima, o doador pode ter parentesco até 3º e 4º grau. E quando não for parente, é necessário ter uma ordem judicial e passar pelas comissões de ética dos hospitais.

Comissão de ética é quando o doente passa por avaliação psicológica e pela triagem para ver se realmente há compatibilidade entre as duas pessoas.

A cirurgia pode dar errado?

Nós médicos, temos que oferecer uma cirurgia de máxima segurança, tanto para o doador quanto para o receptor, e garantir que tudo ocorra bem. Isso porque é um ato maravilhoso de doação e não podemos colocar ninguém em risco.

Infelizmente existem algumas vezes que cometemos erro de julgamento, mas temos acessos à tecnologia de ponta que possa calcular quanto vamos tirar de fígado, entre outros fatores, oferecendo maior garantia de sucesso.

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Profº Dr.Luiz Carneiro

CRM: 22.761/SP

Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

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