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Sinais de que a gordura no fígado virou um problema de saúde.

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A gordura no fígado, conhecida como esteatose hepática, é um problema cada vez mais frequente, especialmente com o aumento da obesidade. Apesar de inicialmente silenciosa, essa condição pode evoluir para doenças graves como cirrose e até câncer hepático.

Neste post, você vai entender quais sinais indicam que a gordura no fígado deixou de ser apenas um achado nos exames e passou a representar um risco real à sua saúde.

A importância de entender a gordura no fígado

A pergunta “quais os sinais de que a gordura no fígado virou um problema?” é extremamente atual. A gordura no fígado é um problema sério, especialmente diante do aumento da obesidade em todo o mundo. No Brasil, quase 40% da população é obesa, e estima-se que até 2030 esse número chegue a 60%. Isso torna a esteatose hepática uma condição cada vez mais comum e preocupante.

A evolução da esteatose hepática e seus riscos

A doença hepática causada pela gordura pode evoluir para cirrose e, mais preocupante ainda, está associada ao surgimento de tumores primários do fígado. Nos Estados Unidos, por exemplo, o câncer de fígado decorrente da esteatose já é a segunda principal causa de transplante. Embora ainda não se conheça completamente o mecanismo da doença, já se sabe que ela pode ter caráter pré-cancerígeno.

Como identificar que a situação exige atenção

A confirmação da gravidade começa com exames de imagem, que mostram a porcentagem de gordura no fígado. Se esse percentual for superior a 20%, o quadro já é preocupante. Além disso, a presença de fibrose associada pode ser investigada por meio de exames adicionais. Mas também há sinais clínicos e laboratoriais que merecem atenção.

Sinais clínicos e metabólicos que indicam risco

A presença de três ou mais dos sinais abaixo indica um estado de inflamação do fígado devido ao excesso de gordura, conhecido como síndrome metabólica:

  • Circunferência abdominal maior que 106 cm em homens ou 96 cm em mulheres;
  • Presença de diabetes tipo 2, mesmo que controlado com medicação oral;
  • Pressão arterial elevada, ainda que controlada;
  • Colesterol alto;
  • Triglicérides e outros lipídios alterados.

Mesmo sem sintomas evidentes, a inflamação hepática pode avançar silenciosamente. Por isso, se esses fatores estiverem presentes, é fundamental buscar orientação médica.

Quando procurar ajuda médica

A presença de três ou mais dos sinais mencionados é um forte indicativo de que o fígado está sendo afetado de forma significativa. O tratamento básico será focado na perda de peso. Diante desses sinais, é urgente procurar um médico especialista para iniciar o cuidado o quanto antes e evitar a progressão da doença.

Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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