Logo | Dr. Luiz Carneiro CRM 22761
Home RobóticaContato

O nódulo no fígado é uma lesão de tecido que pode se formar nesse órgão. Geralmente é uma lesão benigna que não evolui para tumor maligno, mas pode necessitar de tratamento dependendo do tipo e das características dessa lesão.

Nódulo no fígado: como tratá-lo? | Por Prof Luiz Carneiro CRM 22761 | Diretor do serviço de transplante e cirurgia do fígado do hospital das clínicas da faculdade de medicina da USP.

Existem diversos tipos de doenças hepáticas. O nódulo no fígado pode estar entre elas e se caracteriza como um quadro comum.

Isso porque os nódulos geralmente são benignos, ou seja, não são formados por células malignas. Sendo assim, nem sempre requerem tratamento, mas existem casos em que a intervenção é necessária principalmente quando surgem sintomas ou paciente está no grupo de risco de câncer de fígado.

Como existem diferentes tipos de nódulo hepático preparamos este artigo para você conhecer cada um deles e suas formas de tratamento continue lendo e confira:

O que é nódulo no fígado

O nódulo no fígado é geralmente formado por células que formam uma massa de tecido. Essa neoplasia geralmente é um tumor benigno no fígado, portanto, não oferece o risco de invadir a corrente sanguínea e migrar para outros órgãos e estruturas ao redor.

Esse tipo de neoplasia é um nódulo hipoecogênico, ou seja, que pode ser diagnosticado por meio de um exame de imagem, como a ultrassonografia. Existem casos em que é possível confirmar que se trata de uma lesão benigna, porém, quando há dúvida, é necessário fazer exames mais aprofundados, como tomografia, a ressonância e a biópsia.

O nódulo no fígado é uma condição comum. Geralmente ele é encontrado por acaso durante a realização de exames para investigar outro quadro clínico. Isso acontece porque nem sempre provoca sintomas, então, o indivíduo pode conviver com ele sem prejuízos para sua saúde.

Tipos de nódulo no fígado e seus tratamentos

Existem diferentes tipos de nódulos hepáticos que podem se desenvolver tanto em homens quanto em mulheres, são eles:

Cada qual é tratado de uma forma, e isso também varia dependendo do quadro do paciente. A seguir você confere mais detalhes.

Hemangioma

É considerado o mais comum, e se forma com a aglomeração dos vasos sanguíneos. Sua causa ainda não é esclarecida, mas pode estar associada aos hormônios sexuais. Existem casos em que o hemangioma se forma durante o desenvolvimento do embrião.

Na maioria dos casos esse tipo de lesão não provoca sintomas no paciente. Raramente é possível ocorrer complicações, como dor, sangramento e compressão das estruturas vizinhas.

Tratamento do hemangioma

Como geralmente é um quadro assintomático, o nódulo no fígado do tipo hemangioma nem sempre precisa ser tratado, mesmo os de grau elevado. Isso porque as complicações pós-cirurgia são frequentes, então, é feito apenas o acompanhamento do paciente.

De toda forma, existem casos raros de hemangiomas gigantes ou sintomáticos. Para esses quadros é preciso recorrer ao tratamento por intervenção cirúrgica, podendo até mesmo necessitar de cirurgia hepática e o transplante de fígado.

Hiperplasia nodular focal (HNF)

É considerado o segundo mais comum dos tumores benignos hepáticos.

As células, nesse caso, se proliferam ao redor de um vaso sanguíneo. E assim como o hemangioma, esse tipo de tumor habitualmente não causa sintomas no paciente. Quando eles ocorrem, são desencadeados por nódulos grandes que desencadeiam inchaço no fígado e dor abdominal.

Tratamento da hiperplasia nodular focal

Como não causa sangramentos nem há o risco de malignização, a indicação do tratamento com a cirurgia de ressecção hepática limita-se às massas sintomáticas que estão crescendo. Também é realizada se houver dúvida no diagnóstico.

Adenoma

O adenoma hepático se forma no fígado. Essa doença hepática é mais comum em mulheres entre 30 e 50 anos, podendo ser relacionado ao uso de anticoncepcionais. Existem casos em que se desenvolvem vários nódulos, e quando são mais de dez, o quadro recebe o nome de adenomatose.

Entretanto, a adenomatose não é associada aos hormônios, e atinge homens e mulheres de maneira igual. Apesar de serem lesões benignas, existe o risco de ocorrer rotura e hemorragia, além de se evoluir para malignidade, ou seja, câncer (carcinoma hepatocelular).

Tratamento do adenoma

O tratamento do adenoma é a cirurgia de ressecção hepática, que pode ser feita por técnica aberta ou por via laparoscópica, que é menos invasiva. O transplante de fígado pode ser uma opção em casos de tumores irressecáveis e em doentes com múltiplos adenomas.

Cisto hepático

O cisto no fígado é um tipo de nódulo hipoecogênico que pode ser facilmente diagnosticado por exames, confirmando a sua benignidade. Isso porque suas características são diferentes, sendo uma bolsa cheia de líquido que não se comunica com o sistema biliar.

Os cistos hepáticos simples também costumam ser assintomáticos e são localizados apenas durante um exame de rotina, ou realizado por outro motivo. Ainda não se sabe exatamente o que leva a sua formação.

Tratamento do cisto hepático

O tratamento do cisto no fígado apenas é realizado quando ele está muito grande porque, nesse caso, provoca sintomas e complicações, como ruptura, sangramento, torção, compressão de outras estruturas e infecção. Pode ser realizada punção, aspiração, ressecção.

O nódulo hepático tem um bom prognóstico, porque na maioria dos casos é uma condição benigna que não prejudica o funcionamento do órgão. De toda forma, é importante acompanhar sua evolução e intervir no momento certo, se começar a representar algum risco.

Confira também, nosso vídeo sobre o tema:

magnifiercrossmenuchevron-down