Uma estrutura do nosso sistema digestivo, responsável por auxiliar a digestão em suas atividades, é a vesícula biliar. A vesícula é responsável pelo armazenamento e concentração da bile, facilitando a digestão de gorduras. Quando esse processo apresenta determinadas alterações ou mal funcionamento, pode ser necessário que ela seja retirada por meio da colecistectomia.
![A imagem mostra um cirurgião colocando as luvas e olhando seriamente para a câmera.](https://profluizcarneiro.com.br/wp-content/uploads/2021/08/colecistectomia-quando-e-indicada-a-cirurgia-prof-dr-luiz-carneiro-bg.jpg)
No post de hoje, vamos falar sobre essa cirurgia e você vai saber quando ela é indicada. Continue nos acompanhando!
Quais os tipos de colecistectomia existentes?
Conforme dissemos, a vesícula biliar tem como função armazenar e concentrar a bile, descarregando-a no duodeno, durante o processo de digestão.
Em geral, quando a vesícula já não possui a capacidade para realizar suas funções, isto é, enfrenta problemas como a produção de cálculo em seu interior (formação de pedras na vesícula), infecção ou pólipos, ou até mesmo seu não funcionamento ou discinesia deve ser realizada a colecistectomia.
Existem algumas opções cirúrgicas para a remoção da vesícula biliar, que envolvem métodos como a colecistectomia aberta ou convencional (pouco utilizada), a via laparoscópica (mais utilizada) e a via robótica.
Porém, com a evolução da medicina, hoje já existem algumas outras variações dessa cirurgia. Abaixo, explicaremos cada uma delas.
Aberta ou Convencional
Geralmente, esse método é realizado quando o paciente por comorbidades pode não suportar o pneumoperitônio ou devido a múltiplas cirurgias previas, mas mesmo assim a sua indicação por via aberta continua sendo muito restrita.
Assim sendo, é feita a cirurgia aberta por meio de uma incisão maior no abdômen.
Por ser uma cirurgia mais invasiva, a recuperação tende a ser um pouco mais demorada do que outros métodos.
Laparoscópica
Conhecida também como vídeo laparoscopia, essa técnica é feita por meio de anestesia geral. São realizadas quatro (ou menos) incisões no abdômen do paciente para a introdução de instrumentos cirúrgicos e uma câmera, que permite a visualização de toda a cavidade abdominal.
Esse é um dos métodos mais utilizados atualmente, por ser menos invasivo. Além disso, a recuperação tende a ser mais rápida e menos dolorosa para o paciente.
Colecistectomia radical
Em alguns casos, para evitar que a doença apareça novamente, é necessário realizar uma cirurgia mais extensa. Normalmente, ela é indicada quando o indivíduo apresenta câncer de vesícula (invasivo ou avançado). Desta forma, então, a vesícula, parte do fígado e os gânglios linfáticos são retirados no mesmo procedimento.
Vale lembrar que, com a retirada da vesícula, a bile vai continuar sua produção, porém, ao invés de ficar armazenada, ela irá para o intestino para que a gordura digestão dos alimentos gordurosos.
Podemos dizer, também, que a colecistectomia não possui relação com a perda de peso, pois se acontecer de o paciente emagrecer, será por conta da dieta pobre em gorduras, que precisa ser mantida após a cirurgia.
Como funciona o pós-operatório?
Cerca de 12 horas após a cirurgia, o paciente poderá sentir algum desconforto no abdômen ou ombro, por conta da irritação de um nervo frênico devido a cirurgia laparoscópica com o uso do pneumoperitônio. Também podem ocorrer episódios de vômito e enjoos, e neste caso, o médico poderá indicar medicamentos analgésicos para aliviar os sintomas.
Além disso, nos primeiros dias, o indivíduo deve manter uma dieta leve hipogordurosa, podendo deambular e caminhar, evitando força abdominal. Isso ajudará na cicatrização mais rápida do local da cirurgia.
A recuperação
Dependendo do tipo de cirurgia realizada, o paciente poderá voltar ao trabalho, fazer exercícios físicos leves e dirigir dentro de uma semana, como no caso da vídeo laparacospia.
Se foi realizada a cirurgia convencional, serão duas semanas para a recuperação do paciente.
É importante que, neste período, o indivíduo evite ficar muito tempo sentado ou deitado. Deve-se mover um pouco, várias vezes ao dia.
Assim como mencionamos, após a cirurgia de vesícula a alimentação deve ser pobre em gorduras, evitando frituras e embutidos.
Confira também, meu vídeo relacionado sobre o tema, abaixo:
Conhece alguém que já fez ou precisará fazer esse tipo de procedimento? Possui alguma dúvida? Deixe um comentário para que possamos te ajudar!
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