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O que pode causar pólipo na vesícula e quando é necessário operar?

Índice

O pólipo na vesícula é uma pequena lesão que nasce e cresce na parede da vesícula biliar e se projeta dentro dela. Essa lesão costuma se apresentar como um pedaço pequeno de tecido, semelhante a uma verruga, mas que se torna fixo na vesícula.

A imagem ilustra uma mulher sentada com as mãos abraçando a barriga.

No post de hoje, vamos falar sobre as causas do pólipo e você vai descobrir quando é necessário operá-lo. Acompanhe!

Principais causas de pólipo na vesícula

A formação de pólipo na vesícula é o resultado de processos inflamatórios ou do excesso de colesterol, que neste caso gera um pólipo benigno, recebendo o nome de adenoma.

Em aproximadamente 95% dos casos, o pólipo na vesícula é de origem benigna. Mas, também existe uma pequena chance de que ele seja maligno. Por isso, é importante que o seu tamanho seja analisado com procedência.

Geralmente, quando a lesão é menor do que 5 mm, ela pode ser acompanhada por um certo tempo, até que seja determinada a estabilidade. Importante se pensando em casos com ausência de sintomas. Ou seja, a presença de sintomas ou mudança são indicativos de atenção.

Já os pólipos com tamanho superior a 5mm deverão ser avaliados através de exames específicos, como o ultrassom, eco endoscopia ou a colangiografia.

Pólipo benigno e pólipo maligno

Conforme dissemos, o pólipo pode ser definido como benigno e raramente maligno. De forma geral, o pólipo benigno mais comum é o de colesterol, os inflamatórios e adenomas.

Já o pólipo com potencial maligno, considera-se o tamanho que ele apresenta, uma vez os pólipos maiores de 0,5 a 1 cm; ou os pólipos com crescimento ou os inicialmente com mais de 2 centímetros são considerados potencialmente como tumores malignos da vesícula.

O pólipo na vesícula apresenta sintomas?

Na grande maioria das vezes, o pólipo na vesícula não apresenta sinais, ou eles são tão leves que podem passar despercebidos ou confundidos com outras condições semelhantes.

Vale ressaltar que, normalmente, eles são descobertos quando o indivíduo é submetido a exames de rotina ou por conta do tratamento de outros problemas, como pedra na vesícula ou cólica.

Ainda assim, quando essa lesão começa a estimular respostas orgânicas, podem surgir alguns sinais como dor abdominal ao lado direito (a chamada cólica biliar), vômito, náuseas, entre outros.

Como tratar o pólipo na vesícula?

Antes de começar o tratamento, assim que o paciente é diagnosticado com o pólipo na vesícula, são indicados alguns exames, mais profundos, para uma avaliação mais precisa e indicação do tratamento adequado.

Em casos onde o pólipo tem menos de 0,5 centímetros e não está associado com cálculo na vesícula, o médico pode optar somente por um acompanhamento clínico e laboratorial do paciente. Somente nos casos em que paciente não apresenta sintomas, lembrando que a presença do pólipo pode provocar piora no funcionamento da vesícula biliar ou micro cálculos.

Mas, se durante a análise os médicos perceberem um aumento do pólipo, de maneira rápida, presença de sintomas, ou fatores associados como diabetes, dislipidemia, obesidade pode ser necessária a cirurgia para a retirada da vesícula, evitando assim uma complicação do pólipo evoluir para câncer biliar ou migração do microcalculo ou colesterolose de vesícula biliar.

A cirurgia é realizada quando o pólipo já possui um tamanho maior do que 0,5 ou 1 centímetro. Além disso, o procedimento também pode ser indicado quando existe associação com cólica biliar, alterações em exames laboratoriais, pólipo séssil, entre outros casos.

Assim sendo, então, mesmo que o pólipo não esteja associado a uma dessas condições, algumas vezes, a cirurgia de retirada do órgão será necessária. O procedimento recebe o nome de colecistectomia por vídeo laparoscopia.

Confira também, meu vídeo relacionado sobre o tema, abaixo:

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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