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Hérnias umbilicais e epigástricas: quando a cirurgia é necessária?

Índice

Hérnias umbilicais e epigástricas ocorrem devido a uma fraqueza na parede abdominal, resultando em protrusão de órgãos ou tecidos. Elas podem causar desconforto, dor e complicações se não tratadas. A cirurgia é frequentemente necessária quando a hérnia aumenta de tamanho ou causa dor intensa. Entenda mais sobre esse assunto!

Pessoa segurando a região abdominal com expressão de dor, destacando a questão das hérnias umbilicais e epigástricas.

As hérnias umbilicais e epigástricas são condições comuns que ocorrem quando uma parte do tecido ou órgão se projeta através de uma fraqueza na parede abdominal. 

A hérnia umbilical surge próxima ao umbigo, enquanto a epigástrica aparece entre o umbigo e apêndice xifóide, ou seja, o limite do tórax. A necessidade de cirurgia varia conforme o tamanho da hérnia, a presença de dor e o risco de complicações.

Neste artigo, abordaremos as diferenças entre as hérnias umbilicais e epigástricas, quando a cirurgia é necessária e os cuidados pós-operatórios. Leia até o final e saiba mais!

Diferenças entre hérnias umbilicais e epigástricas: como identificá-las?

As hérnias umbilicais e epigástricas são causadas por uma fraqueza na parede abdominal. Apesar de semelhantes, elas ocorrem em locais diferentes:

  • Hérnia umbilical: Surge ao redor do umbigo e é mais comum em bebês, mas também pode ocorrer em adultos, especialmente mulheres após múltiplas gestações;
  • Hérnia epigástrica: Surge na linha média do abdômen, entre o umbigo e o esterno, e é frequentemente observada em adultos.

As hérnias umbilicais geralmente aparecem como uma saliência visível ao redor do umbigo, enquanto as epigástricas podem ser menores e mais difíceis de identificar, mas ainda causam dor ou desconforto. 

Em ambos os casos, os pacientes podem sentir dor ao se levantar, tossir ou fazer esforço físico. A distinção entre essas hérnias é importante, pois pode influenciar o tratamento e a necessidade de intervenção cirúrgica. 

Além disso, o diagnóstico precoce pode evitar complicações graves, como o estrangulamento, que ocorre quando o fluxo sanguíneo para o tecido herniado é interrompido.

Quando a cirurgia é recomendada para tratar hérnias umbilicais e epigástricas?

A cirurgia para hérnia umbilical ou epigástrica nem sempre é imediata. Em alguns casos, uma pequena hérnia pode ser monitorada para verificar se está aumentando ou causando sintomas. 

No entanto, existem algumas situações em que a cirurgia é recomendada:

  • Hérnia aumenta de tamanho: Se a protrusão se tornar maior, é um sinal de que a fraqueza na parede abdominal está se agravando;
  • Dor intensa ou desconforto: A dor persistente na região da hérnia, especialmente durante atividades diárias, indica que a intervenção é necessária;
  • Risco de complicações: Quando há risco de estrangulamento, onde o fluxo sanguíneo para o tecido herniado é interrompido, a cirurgia deve ser realizada com urgência;
  • Impacto na qualidade de vida: Quando a hérnia interfere nas atividades diárias, como andar, trabalhar ou dormir, o tratamento cirúrgico pode proporcionar alívio e evitar complicações.

O médico avaliará o tamanho da hérnia, os sintomas e o risco de complicações para determinar a necessidade de cirurgia. A laparoscopia, uma técnica minimamente invasiva, é frequentemente usada para reparar a hérnia, resultando em uma recuperação mais rápida.

Recuperação e cuidados pós-operatórios após a cirurgia de hérnia umbilical e epigástrica

Após a cirurgia de hérnia umbilical ou epigástrica, o paciente deve seguir uma série de cuidados para garantir uma recuperação eficaz e prevenir recorrências. 

A laparoscopia, frequentemente utilizada nesses casos, oferece benefícios como menos dor e cicatrizes menores. No entanto, a recuperação ainda requer atenção:

  • Evitar atividades físicas intensas: Durante as primeiras semanas, levantar objetos pesados e atividades físicas devem ser evitados;
  • Seguir as orientações médicas: O uso de cintas abdominais pode ser indicado para apoiar a área operada;
  • Monitorar sinais de complicações: Embora raras, infecções ou recorrências da hérnia podem ocorrer, por isso, observar qualquer vermelhidão, inchaço ou dor intensa no local é essencial;
  • Alimentação equilibrada: Uma dieta rica em fibras pode prevenir a constipação, que pode causar esforço abdominal e prejudicar a cicatrização.

A adesão às orientações médicas é fundamental para garantir uma recuperação sem complicações e evitar que a hérnia retorne.

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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