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É possível fazer “vigilância ativa” no Câncer de intestino?

Atualizado em: 14/10/2022

A vigilância ativa é o monitoramento do câncer com baixo risco antes que seja usada uma terapia ou intervenção médica.

No post de hoje, falaremos mais sobre a vigilância ativa no câncer de intestino. Continue nos acompanhando e saiba mais sobre o assunto!

Colonoscopia preventiva

A medicina atual deve ser focada na prevenção, então sim, é possível fazer a vigilância ativa no câncer de intestino.

Todo mundo acima dos 45 anos deve realizar uma colonoscopia, com o intuito de fazer o eventual diagnóstico de câncer. Muitos pacientes que fazem colonoscopia têm pólipos no intestino e nós tratamos isso através da retirada desses pólipos, que são lesões pré-cancerígenas, evitando o desenvolvimento do câncer. Sendo assim, a colonoscopia possibilita o tratamento preventivo do tumor através do diagnóstico desses pólipos.

Sangue oculto nas fezes

Outro aspecto pelo qual esses pólipos podem ser identificados é através da pesquisa de sangue oculto nas fezes. O tumor tem uma vascularização anormal, ele sangra e o diagnóstico de sangue nas fezes nos obriga a fazer uma colonoscopia, onde nós descobrimos, eventualmente, um pólipo, que já tem um pedacinho degenerado, então a gente retira esse pólipo e o paciente está curado.

É importante que acima dos 45 anos, seja feita a colonoscopia, além de exames de sangue de rotina. Para isso, é preciso fazer uma dieta certinha, para evitar falso positivo, como não comer carne durante um período, fazendo a dieta correta, fazer a pesquisa de sangue oculto nas fezes, é uma triagem muito boa nos paciente com menos de 45 anos.

Histórico familiar

Se você tem histórico familiar de algumas doenças, como familiares com câncer de intestino abaixo dos 40 anos, atualmente se fala em 50 anos, mas se algum familiar, até 2º/3º grau, tem câncer com idade inferior a 50 anos, você mesmo que tenha 20/30 anos, deve fazer uma colonoscopia, para ver se não existem pólipos ou lesões que podem ser tratadas preventivamente.

Existem outras polipóses familiares, são doenças que acontecem em jovens, então nós temos que rastrear e investigar a família inteira, pois o rastreamento diminui muito a incidência do câncer e possibilita muito a prevenção, fazendo o diagnóstico e a retirada desses pólipos.

Então, é possível fazer a vigilância ativa tomando os cuidados que nós recomendamos.

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dr Luiz Carneiro sorrindo com braços cruzados

Profº Dr.Luiz Carneiro

CRM: 22.761/SP

Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

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