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Como ocorre a doença de Wilson e como tratar?

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A Doença de Wilson é uma doença genética rara que faz com que o indivíduo acumule cobre no fígado, cérebro e até mesmo rins e olhos, provocando um quadro de intoxicação.

A imagem mostra um olho azul com um contorno marrom.

No post de hoje, vamos falar um pouco mais sobre este assunto e você vai saber como ocorre a doença e qual a forma adequada de tratamento. Acompanhe!

Quais as possíveis causas da Doença de Wilson?

Conforme dissemos, a Doença de Wilson ocorre quando um nível elevado de cobre se acumula em determinados órgãos, sendo o fígado um dos principais locais de deposição.

Podemos dizer, também, que essa é uma doença hereditária, ou seja, ela pode passar de pais para filhos.

Mas, muitas vezes ela só é descoberta entre os 5 e 6 anos de idade, quando a criança começa a apresentar os primeiros sinais de que foi intoxicada por cobre.

Doença de Wilson: Sintomas

Os sintomas da Doença de Wilson estão, sobretudo, relacionados com o fígado e o sistema nervoso central do indivíduo acometido. Porém, as lesões hepáticas ocorrem aproximadamente 10 anos antes dos problemas neurológicos.

Os principais indícios da doença vão desde uma elevação simples de transaminases (assintomática) até a falência hepática fulminante ou cirrose.

Por sua vez, os sintomas neurológicos podem, em determinados casos, serem a apresentação mais frequente do problema e costumam surgir por volta dos 30 anos de idade.

Além destes sintomas, o acúmulo de cobre no fígado e no cérebro pode provocar:

  • Doenças hepáticas;
  • Vômito com sangue;
  • Icterícia;
  • Fraqueza;
  • Dificuldade para caminhar;
  • Delírios;
  • Dificuldade em falar;
  • Mudança de personalidade;
  • Alterações no comportamento;
  • Demência;
  • Delírios;
  • Confusão mental;
  • Cálculo renal;
  • Cansaço;
  • Fadiga;
  • Círculo vermelho ou castanho em volta dos olhos.

Como é feito o diagnóstico?

Geralmente, o diagnóstico é obtido através de exames laboratoriais. Entre os exames solicitados para confirmação da doença está o exame de urina de 24 horas, onde a concentração elevada de cobre poderá ser observada.

Também é indicada a dosagem de ceruloplasmina no sangue, que é a proteína produzida pelo fígado e possui ligação com o cobre. Assim sendo, quando a ceruloplasmina se encontra em baixas concentrações, é confirmada a Doença de Wilson.

Vale lembrar que, além destes exames, o médico pode solicitar também a realização de uma biópsia do fígado, para saber se existem sinais de esteatose hepática ou cirrose.

Existe tratamento para Doença de Wilson?

Quando a doença é diagnosticada e tratada de maneira precoce, é possível evitar ou até mesmo reverter algumas das suas manifestações.

Basicamente, o tratamento consiste na redução da absorção do cobre, a eliminação do mesmo e se for necessário, de acordo com a gravidade da doença, o transplante de fígado.

Assim sendo, são indicados ao paciente medicamentos quelantes, que ajudam a eliminar o cobre. Além de uma dieta, que servirá como um auxílio no controle da doença.

Mesmo não sendo suficiente para eliminar o metal do organismo, é importante que o paciente evite alimentos como:

  • Mariscos;
  • Chocolate;
  • Cogumelo;
  • Avelã;
  • Nozes;
  • Frutas secas;
  • Castanha;
  • Amendoim;
  • Soja;
  • Feijão.

Vale lembrar que pessoas que apresentam a Doença de Wilson não devem cozinhar nem comer em panelas de cobre.

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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