Uma estrutura do nosso sistema digestivo, responsável por auxiliar a digestão em suas atividades, é a vesícula biliar. A vesícula é responsável pelo armazenamento e concentração da bile, facilitando a digestão de gorduras. Quando esse processo apresenta determinadas alterações ou mal funcionamento, pode ser necessário que ela seja retirada por meio da colecistectomia.
No post de hoje, vamos falar sobre essa cirurgia e você vai saber quando ela é indicada. Continue nos acompanhando!
Quais os tipos de colecistectomia existentes?
Conforme dissemos, a vesícula biliar tem como função armazenar e concentrar a bile, descarregando-a no duodeno, durante o processo de digestão.
Em geral, quando a vesícula já não possui a capacidade para realizar suas funções, isto é, enfrenta problemas como a produção de cálculo em seu interior (formação de pedras na vesícula), infecção ou pólipos, ou até mesmo seu não funcionamento ou discinesia deve ser realizada a colecistectomia.
Existem algumas opções cirúrgicas para a remoção da vesícula biliar, que envolvem métodos como a colecistectomia aberta ou convencional (pouco utilizada), a via laparoscópica (mais utilizada) e a via robótica.
Porém, com a evolução da medicina, hoje já existem algumas outras variações dessa cirurgia. Abaixo, explicaremos cada uma delas.
Aberta ou Convencional
Geralmente, esse método é realizado quando o paciente por comorbidades pode não suportar o pneumoperitônio ou devido a múltiplas cirurgias previas, mas mesmo assim a sua indicação por via aberta continua sendo muito restrita.
Assim sendo, é feita a cirurgia aberta por meio de uma incisão maior no abdômen.
Por ser uma cirurgia mais invasiva, a recuperação tende a ser um pouco mais demorada do que outros métodos.
Laparoscópica
Conhecida também como vídeo laparoscopia, essa técnica é feita por meio de anestesia geral. São realizadas quatro (ou menos) incisões no abdômen do paciente para a introdução de instrumentos cirúrgicos e uma câmera, que permite a visualização de toda a cavidade abdominal.
Esse é um dos métodos mais utilizados atualmente, por ser menos invasivo. Além disso, a recuperação tende a ser mais rápida e menos dolorosa para o paciente.
Colecistectomia radical
Em alguns casos, para evitar que a doença apareça novamente, é necessário realizar uma cirurgia mais extensa. Normalmente, ela é indicada quando o indivíduo apresenta câncer de vesícula (invasivo ou avançado). Desta forma, então, a vesícula, parte do fígado e os gânglios linfáticos são retirados no mesmo procedimento.
Vale lembrar que, com a retirada da vesícula, a bile vai continuar sua produção, porém, ao invés de ficar armazenada, ela irá para o intestino para que a gordura digestão dos alimentos gordurosos.
Podemos dizer, também, que a colecistectomia não possui relação com a perda de peso, pois se acontecer de o paciente emagrecer, será por conta da dieta pobre em gorduras, que precisa ser mantida após a cirurgia.
Como funciona o pós-operatório?
Cerca de 12 horas após a cirurgia, o paciente poderá sentir algum desconforto no abdômen ou ombro, por conta da irritação de um nervo frênico devido a cirurgia laparoscópica com o uso do pneumoperitônio. Também podem ocorrer episódios de vômito e enjoos, e neste caso, o médico poderá indicar medicamentos analgésicos para aliviar os sintomas.
Além disso, nos primeiros dias, o indivíduo deve manter uma dieta leve hipogordurosa, podendo deambular e caminhar, evitando força abdominal. Isso ajudará na cicatrização mais rápida do local da cirurgia.
A recuperação
Dependendo do tipo de cirurgia realizada, o paciente poderá voltar ao trabalho, fazer exercícios físicos leves e dirigir dentro de uma semana, como no caso da vídeo laparacospia.
Se foi realizada a cirurgia convencional, serão duas semanas para a recuperação do paciente.
É importante que, neste período, o indivíduo evite ficar muito tempo sentado ou deitado. Deve-se mover um pouco, várias vezes ao dia.
Assim como mencionamos, após a cirurgia de vesícula a alimentação deve ser pobre em gorduras, evitando frituras e embutidos.
Confira também, meu vídeo relacionado sobre o tema, abaixo:
Conhece alguém que já fez ou precisará fazer esse tipo de procedimento? Possui alguma dúvida? Deixe um comentário para que possamos te ajudar!
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