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Vacinação contra hepatite: quem deve fazer e quando realizar o exame de detecção?

Índice

A vacinação contra a hepatite é essencial para prevenir infecções e proteger a saúde do fígado. Entender quem deve ser vacinado e quando realizar o exame de detecção ajuda a manter a imunização em dia. Veja quem deve priorizar essa prevenção. Entenda mais sobre esse assunto!

Profissional de saúde aplicando vacina no braço de uma paciente, com luvas azuis e seringa, destacando a importância da vacinação.

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por diferentes tipos de vírus, sendo mais comuns os tipos A, B e C. 

Enquanto as vacinas contra hepatite A e B estão amplamente disponíveis e fazem parte do calendário de vacinação, a detecção precoce, especialmente para a hepatite C, é essencial para prevenir complicações. 

A vacinação e os exames de detecção são medidas eficazes de controle e prevenção, recomendados especialmente para grupos específicos da população. 

Neste artigo, abordaremos a importância da vacinação, os grupos que devem priorizá-la e a indicação para realização de exames. Leia até o final e saiba mais!

A importância da vacinação contra hepatite

A vacinação é uma medida preventiva essencial para reduzir a disseminação de algumas formas de hepatite, principalmente os tipos A e B, que são os mais facilmente preveníveis com vacinas. 

No entanto, cada tipo de hepatite possui características e modos de transmissão distintos, o que influencia a necessidade e a abrangência da vacinação.

  • Hepatite A:
    • Transmitida principalmente pelo consumo de água ou alimentos contaminados, a hepatite A pode ser prevenida com uma vacina administrada em duas doses.
    • Esse tipo é geralmente menos severo, mas a vacina é importante, especialmente para pessoas que viajam para áreas de alto risco.
  • Hepatite B:
    • Transmitida pelo contato com sangue e outros fluidos corporais, a hepatite B é uma infecção crônica em muitos casos, podendo levar a cirrose e câncer de fígado. 
    • A vacina contra a hepatite B é administrada em três doses e faz parte do calendário de vacinação em muitos países.
  • Hepatite C:
    • Não existe vacina para a hepatite C. 
    • Portanto, a prevenção é focada em medidas de higiene, como evitar o compartilhamento de agulhas e materiais perfurocortantes, uso de preservativos, além da importância de realizar exames de detecção caso exposto a riscos, para um diagnóstico precoce.

Essas vacinas, quando aplicadas de forma correta, podem prevenir infecções e, consequentemente, complicações graves associadas a essas hepatites.

Quem deve se vacinar

Embora as vacinas contra a hepatite A e B sejam recomendadas para todos, há certos grupos de pessoas que devem dar prioridade à vacinação devido ao maior risco de exposição ou de desenvolvimento de complicações graves. 

  • Crianças e adolescentes:
    • Em muitos países, a vacina contra hepatite B é recomendada logo após o nascimento, e a vacinação para hepatite A também é oferecida em regiões com maior risco.
  • Profissionais de saúde:
    • Devido à exposição frequente a sangue e fluidos corporais, profissionais de saúde são incentivados a se vacinar contra hepatite B para proteger a si mesmos e seus pacientes.
  • Pessoas com múltiplos parceiros sexuais ou em uso de drogas injetáveis:
    • Esses grupos têm um risco elevado de contrair hepatite B e C, por isso a vacinação e medidas preventivas são altamente recomendadas.
  • Indivíduos com patologias hepáticas pré-existentes:
    • Quem já possui uma condição de fígado debilitada corre maior risco de complicações graves caso contrair algum tipo de hepatite. 
    • A vacinação pode reduzir esse risco.

Essas recomendações têm como objetivo proteger tanto os indivíduos quanto a população em geral, contribuindo para a redução da disseminação desses vírus.

Quando realizar exames de detecção

Além da vacinação, os exames de detecção de hepatite são fundamentais, especialmente para a hepatite C, que frequentemente permanece assintomática até estágios avançados. 

Existem alguns grupos de risco que devem realizar exames regularmente para monitoramento e detecção precoce.

  • Pessoas com histórico de transfusões antes de 1992:
    • No passado, o controle de qualidade em transfusões era limitado, tornando possível a transmissão de hepatite C. 
  • Profissionais da saúde:
    • Em função do risco constante de exposição a sangue e fluidos corporais, recomenda-se que esses profissionais realizem testes periódicos.
  • Pessoas com múltiplos parceiros ou usuários de drogas injetáveis:
    • Estes grupos apresentam um risco elevado de infecção e, por isso, devem fazer exames regulares, especialmente para hepatite C.
  • Mulheres grávidas:
    • É recomendável que todas as gestantes sejam testadas para hepatite B durante o pré-natal. 

A periodicidade dos exames pode variar dependendo do grupo de risco e das recomendações do médico, mas a detecção precoce é um passo crucial para o tratamento eficaz e para a redução da disseminação desses vírus.

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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