Nem todo nódulo no fígado é caso de cirurgia, para chegar a essa conclusão, nós temos que diferenciar duas coisas: os nódulos malignos e os nódulos benignos.
Os nódulos do fígado maligno, estes sim são preocupantes, mas antes deve haver uma grande investigação para saber se é maligno.
Nódulos benignos
Os nódulos benignos são: hemangioma hepático, hiperplasia nodular focal, adenoma hepático e os cistos hepáticos. Apenas o adenoma é cirúrgico e os outros nódulos não devem ser tratados cirurgicamente.
Cisto hepático
O cisto no rim e no fígado, em conjunto, pode ser derivado de uma doença congênita (hereditária).
Se não tiver sintomas e o rim parar de ter alteração funcional, é muito raro ter que intervir essa doença no fígado. O rim é a parte, eu não quero analisar, pois o cisto pode levar ao comprometimento do rim apenas, no fígado isso é muito raro.
Se bem que tem cistos muito grandes e que podem ter complicações, mas tem fígados que deixam a pessoa com a barriga enorme e essa é uma situação diferente das que vemos aqui, que são cistos pequenos.
Adenoma hepático
Quase nenhuns desses citados devem ser operados, muito raramente, apenas o adenoma hepático, e hoje nós sabemos que no homem esse nódulo é muito preocupante.
Em mulheres, hoje nós fazemos biópsia e existem algumas classificações do adenoma, se o adenoma tiver alguma pré-disposição maligna, nós operamos, e se na biópsia não der essa pré-disposição nós não devemos operar, apenas seguir e observar.
O tamanho por si só não é indicação de cirurgia, nenhuma dessas lesões, nem no hemangioma, hiperplasia nodular e adenoma hepático.
Diagnóstico
Hoje são utilizados os métodos de imagem e uma triagem inicial pela ultrassonografia, porém, se houver dúvida, a ressonância magnética é o padrão ouro e defini 96% desses nódulos simples do fígado.
Começamos com o ultrassom, vamos pra ressonância e sabemos exatamente se é benigno e deve ser tratado conservadoramente.
Em alguns desses nódulos no adenoma nós poderemos fazer uma biópsia para definir se existe uma pré-disposição à malignidade ou não, nessa situação pode ser indicada a cirurgia.