A doação é um ato de uma generosidade fantástica. Sempre que fazemos um transplante de fígado com doador vivo, focamos e a prioridade máxima é para o doador, a preocupação é com o doador porque é uma pessoa sadia que vai doar parte do seu fígado.
Então, todos os cuidados, tudo é feito de forma a preservar a saúde desse indivíduo.
O transplante de fígado com doador vivo é uma cirurgia onde fazemos muito exames, com cuidados muito maiores do que no outro paciente, porque não podemos ter nenhum erro.
Agora, independente de todo esse preparo no transplante de fígado com doador vivo, todo esse cuidado, acidentes acontecem e podem acontecer. Então , existem alguns pacientes que podem ter complicações associadas ao procedimento.
Podem ter derrames que são absolutamente imprevisíveis. E apesar de fazermos avaliação cardiológica, correm o risco de uma complicação cardíaca.
E também, nós cortamos o fígado pela metade e às vezes pode ter um pouquinho de extravasamento de bile ou a formação de uma coleção. Mas isso tudo pode ser tratado e ao final, esses doentes têm uma vida absolutamente normal.
Eu tenho doador agora que mora até em Santos que doou o fígado há 20 anos e tem vida absolutamente normal. E nos tiramos quase 70% do fígado dele.
Então, nos temos muito tempo que fazemos isso e podemos constatar que é um método muito seguro.
Passada essa fase do trauma cirúrgico no transplante de fígado com doador vivo que pode ter complicação associada ao
procedimento cirúrgico, ai a vida é normal com uma readequação social e trabalho perfeito.
Então, a longo prazo, passado o risco da fase aguda, vida normal.
E com todas as características de maratonistas , de desportistas, tudo pode ser feito.
Uma curiosidade. O pai biológico precisa necessariamente ser compatível com o filho para doação de rim?
Olá, Joseane. Tenho um post que fala sobre isso, confira: https://profluizcarneiro.com.br/transplantes/transplante-de-figado-com-doador-vivo/
Espero ter ajudado e agradeço pelo comentário!