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O que pode causar apendicite e como tratar?

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A imagem mostra uma pessoa com a mão direita na região abaixo do peito, demonstrando desconforto.

O que é apendicite?

Apendicite é uma inflamação no apêndice, o órgão localizado na primeira porção do intestino grosso, e que lembra uma pequena bolsa em formato fino e longo. O problema pode se manifestar em qualquer idade, porém, a incidência é maior em pessoas entre os 20 e 30 anos.

Mas, o que pode causar a apendicite e qual seria a forma de tratamento? Vamos falar sobre isso no post de hoje, acompanhe!

Apendicite e suas principais causas

Conforme dissemos, a apendicite é um processo inflamatório que acomete o apêndice. Na maior parte dos casos, o problema ocorre por conta de uma obstrução em seu interior , algo que pode ser provocado por fezes, gordura, verme, tumor, entre outros.

Mas, também pode ser desencadeada por infecções no trato gastrointestinal, provocadas por vírus, bactérias ou fungos. Em casos como este, o apêndice se torna obstruído, e com a evolução da infecção, o processo inflamatório é acelerado, levando ao inchaço do órgão e acúmulo de pus.

Outra causa da apendicite é um traumatismo direto no órgão, onde ocorre a sua ruptura, com o fluxo sanguíneo sendo impedido de chegar a este local, podendo levar o indivíduo à necrose dos tecidos.

Por isso, é muito importante identificar os sintomas iniciais de apendicite, uma vez que essa inflamação evolui rapidamente. E quando a condição não é tratada a tempo, existe a possibilidade de o apêndice se romper.

Quais são os sintomas?

Geralmente, a evolução da apendicite (inicial até grave) ocorre em 72 horas, principalmente se estiver em um estágio avançado de infecção, que pode até levar a perfuração ou formação de bloqueio. Entre os principais sintomas de apendicite, estão:

  • Dor abdominal
  • Falta de apetite;
  • Febre;
  • Náuseas;
  • Apatia;
  • Vômito;

Além destes, temos que destacar o sintoma mais característico da apendicite, que é a dor abdominal. Inicialmente, ela se manifesta na região central, e posteriormente se localiza ao lado direito inferior, sendo uma sensação dolorosa e muito pontual.

Como saber se apendicite está inflamada?

Agora que já falamos sobre os sintomas de apendicite, vamos explicar como é feito o diagnóstico. Em geral, ele é realizado com base na história do paciente, e também na palpação do abdômen pelo médico.

Levando em consideração que os sintomas de infecção, ou inflamação nas tubas uterinas, útero e ovários, também podem provocar dor do lado direito do abdômen, o médico estabelece um diagnóstico diferencial.

Exames como ultrassonografia e tomografia ajudam bastante nesse processo. Vale lembrar que nem sempre é fácil estabelecer um diagnóstico de apendicite.

Quais as formas de tratamento?

O tratamento costuma ser feito por meio de cirurgia, para a retirada do apêndice. O procedimento cirúrgico recebe o nome de apendicectomia, e assim que o paciente é diagnosticado, já pode ser programada a cirurgia.

Existem opções para realizá-la, sendo a técnica aberta, por videolaparoscopia ou robótica. Por ser menos invasiva, a segunda opção é a mais utilizada, em todos os casos e estágios.

Porém, quando existe uma certa demora para a consultar o médico, a inflamação pode se tornar mais grave.
Desta forma, então, pode ser que a intervenção cirúrgica imediata se torne inviável, pois poderá aumentar o risco de complicações no procedimento e no pós-operatório. Assim sendo, quando isso acontece, é dado início a um tratamento clínico.

O tratamento clínico é feito para estabilização do quadro do paciente, para assim que possível, realizar a remoção cirúrgica do apêndice.

Confira também, meu vídeo relacionado sobre o tema, abaixo:

Você já precisou passar por cirurgia de apêndice? Ou conhece alguém que precisará tratar o problema desta forma? Conte-nos abaixo. Para mais informações sobre apendicite, confira outros conteúdos em nosso blog. Compartilhe também em suas redes sociais, e até a próxima!

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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