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O que dificulta a Doação de Órgãos no Brasil?

Quando um indivíduo necessita de um órgão ou tecido saudável, ele passa por um procedimento chamado transplante. O que talvez muitas pessoas não saibam é que ainda existem dificuldades para que a doação de órgãos seja realizada. 

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Esse é o tema do post de hoje! Fique conosco para saber mais detalhes e descobrir o que dificulta essa ação.

Doação de órgãos: quem pode ser doador?

A doação de órgãos ou transplante pode acontecer de duas maneiras: sendo através de um doador vivo ou de um doador falecido

O doador vivo pode ser qualquer pessoa acima de 18 anos de idade, mas as condições de saúde devem ser perfeitas.  O indivíduo passa por uma avaliação médica para verificar se está apto e se existe compatibilidade sanguínea com o receptor. 

Quando o transplante é feito em vida, ele pode ser realizado entre familiares de até quarto grau. Se não houver parentesco, será necessária uma autorização judicial.

Já o doador falecido é aquele que teve uma morte encefálica e que após a constatação do óbito, pode ser feito o procedimento de doação, desde que a família autorize 

Mas, é importante lembrar que mesmo após a autorização não é possível escolher quem será o receptor.

Como funciona o procedimento?

O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão ou tecido doente por um saudável. Cada órgão possui um prazo máximo para ser transplantado. 

No caso do transplante hepático, por ser uma cirurgia um pouco mais complexa, ela pode durar uma média de 6 horas para ser finalizada.

Conforme dissemos, quando se trata de um doador vivo, a doação de órgãos só é feita diante de uma avaliação rigorosa da saúde do doador.

Já a doação após o falecimento só pode ser feita com a constatação de morte encefálica, considerando a perda irreversível e completa das funções cerebrais. Neste caso, a doação também só será realizada com autorização familiar, como já citamos.

Quais os motivos que impedem a doação de órgãos?

De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), aproximadamente 45 mil pessoas estão na fila à espera de um órgão para transplante.

Com relação ao ano de 2019, a doação de órgãos diminuiu 21% em 2021. O transplante hepático também sofreu uma queda de 10%.

Um dos principais motivos dessa queda é a recusa familiar, que se nega a doar os órgãos de seus parentes após comprovação do óbito. Uma das possíveis razões para essa recusa é a falta de informação sobre o que é a morte encefálica. 

Na maioria das vezes, existem conceitos equivocados sobre tudo o que envolve o transplante e por desconhecimento da vontade dos familiares, a doação não é autorizada.

Por isso, é importante que quem quer ser doador após sua morte, deve conversar e deixar claro para a família o seu desejo de realizar esse gesto tão nobre.

O conteúdo foi esclarecedor? Possui alguma outra dúvida sobre o assunto? 

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Profº Dr.Luiz Carneiro

CRM: 22.761/SP

Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

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