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Qual a importância de ser um Doador de Órgãos?

A doação de órgãos é a retirada de órgãos de uma pessoa que faleceu com morte encefálica confirmada no caso de doador falecido, ou doação de algum órgão (como um rim) ou parte de um órgão (parte do fígado) em vida, no caso de doador vivo 

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Mas afinal, como funciona a doação e qual a importância de ser um doador de órgãos? Vamos falar sobre isso no post de hoje. Acompanhe!

Tipos de doadores de órgãos

Antes de falarmos sobre o quão importante é a doação de órgãos, vamos destacar os tipos de doadores.

Doador vivo

O doador vivo pode ser qualquer pessoa maior de 18 anos, que apresente boas condições de saúde. Claro que, antes de o procedimento ser autorizado, o indivíduo deve passar por uma avaliação clínica para verificar detalhadamente seu estado de saúde. Lembrando que esse ato tem que ser voluntário e não pode envolver favorecimento financeiro

Em vida, o transplante pode ser feito para familiares de até quarto grau. Caso não seja nenhum parente, é necessária uma autorização judicial.

Doador falecido

Por sua vez, o doador falecido é o indivíduo que teve morte encefálica, que pode ocorrer por conta de traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral (AVC).

Após a avaliação das causas do óbito, pode ser realizada a doação, porém, não é possível escolher quem será o receptor e o procedimento dependerá de uma autorização familiar. 

Doação de órgãos no Brasil

Durante a pandemia, as doações de órgãos caíram bastante. Em 2021, houve uma queda de 21% (3.200 transplantes) com relação a 2019, que registrou mais de 3.700 doações.

De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), esse cenário é o que mais afeta as pessoas que se encontram na fila para um transplante. 

Um exemplo disso é a fila de espera pelo transplante de rim, que teve um aumento de 2% no ano, sendo mais de 27.400 pessoas no aguardo.

Ainda segundo a ABTO, o transplante hepático também sofreu com uma queda de 10%, e o transplante com doadores falecidos teve uma queda de 12%.

Sem dúvidas, nesses últimos anos, a pandemia foi um dos fatores determinantes para a queda no número de doadores, uma vez que houve contra indicações devido à Covid-19.

Mas, além das dificuldades trazidas pela pandemia, o maior empecilho continua sendo a falta de informação. Muitas vezes, por alguns conceitos equivocados ou até mesmo pelo desconhecimento da vontade dos familiares, a doação acaba não sendo autorizada.

Por que a doação de órgãos é importante?

A doação de órgãos é um gesto que pode ajudar a salvar milhares de vidas e é fundamental que as pessoas compreendam essa importância para que a doação se torne um ato cada vez mais comum. 

Nos últimos anos, a discussão sobre o tema vem sendo ampliada, graças ao incentivo do Ministério da Saúde. Ainda assim, continua sendo um assunto polêmico e com um difícil entendimento, resultando em altos índices de recusa familiar.

Mesmo que seja um pouco desconfortável pensar e falar sobre o falecimento, é muito importante debater sobre o assunto com os familiares ainda em vida, pois se for da sua vontade ser um doador, somente a sua família poderá autorizar.

E em caso de dúvidas, procure esclarecê-las com um médico e levar as informações para sua família, conscientizando-os sobre essa atitude nobre que pode devolver a qualidade de vida para pessoas que necessitam.  

O conteúdo foi esclarecedor? Já pensou em ser um doador de órgãos e ainda não conversou com seus familiares?

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dr Luiz Carneiro sorrindo com braços cruzados

Profº Dr.Luiz Carneiro

CRM: 22.761/SP

Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

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