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Herniorrafia inguinal: melhores técnicas

Atualizado em: 14/01/2022

A hérnia é uma situação bastante frequente e que se manifesta, na maioria das vezes, por meio de abaulamento na região inguinal, conhecida como virilha.

Sintomas de hérnia inguinal

Essa situação causa bastante dor e desconforto na região após realizar esforço e tossir. Quando esse abaulamento fica muito grande, a região para de doer, porém, ainda incomoda bastante.

Como a Herniorrafia Inguinal é feita?

Um professor de faculdade muito conhecido, chamado Prof. Manlio, dizia que uma vez diagnosticada, a hérnia deve ser operada, pois há riscos muito maiores do que a cirurgia.

Técnica aberta

As técnicas abertas são realizadas por meio de um bisturi que abre a pele e expõe a região, podendo ser feia com anestesia local ou geral.

Não é preciso que a tela seja autofixante porque temos espaço para dar uns pontos e fixá-la diretamente. Nesses casos, as telas são de polipropileno, não dão reação e costumam ser bastante aceitas pelos tecidos.

Técnica fechada

Em cirurgias por laparoscopia ou robótica, a incisão é feita pelo abdômen ou extraperitoneal. Assim sendo, facilita se a tela for autofixante, caso contrário, é possível que o cirurgião acabe dando um ponto em um nervo para costurar a tela e a pessoa tenha bastante dor no pós-operatório.

 Qual técnica é melhor?

De qualquer forma, todas as técnicas são competentes, e quando feitas de maneira apropriada, a recidiva não será um problema.

Todas essas técnicas podem ser feitas a nível ambulatorial, ou seja, o paciente é operado de manhã e pode ir embora de noite. Entretanto, isso depende muito da idade do paciente e de seu estado geral. Por exemplo, se o paciente é idoso, com arritmia cardíaca, tem problema pulmonar e é diabético, ele não voltará para casa no mesmo dia porque precisa se manter em observação. Agora, caso seja um paciente mais novo, atleta, bem formado, e que teve uma cirurgia sem intercorrência, ele poderá obter alta depois de 12 horas.

Essa decisão pode e deve ser feita em conjunto do cirurgião com o paciente ao ter a história clínica e antecedentes em mãos.

Uso de telas na Herniorrafia Inguinal

Antigamente, não se usava telas para fins cirúrgicos, porém, hoje é possível perceber que essas telas diminuem a incidência de recidiva da hérnia mesmo depois de alguns anos. A recidiva cai de 20% para 2% quando se usa tela.

De acordo com o Prof. Dr. Luiz Carneiro, as hérnias precisam ser sempre com o uso de tela, independente da técnica, aberta ou fechada.

Um dos problemas é a migração da tela porque ela pode não estar tão bem fixada ou por algum motivo sair de sua localização. Isso pode propiciar um aumento da hérnia e explica os 2% de recidiva que foi citado acima.

Há uns anos, a tela era colada no local por meio de uma cola biológica. O cirurgião punha a cola, posicionava a tela e ela estava onde queria. Porém, atualmente, as telas são autofixantes e não precisam dar ponto, elas se aderem ao tecido imediatamente.

Por conta disso, a tela autofixante tem ganhado espaço, além de outras complicações, como o caso de dar ponto em algum nervo.

Qual marca de tela é melhor?

Existem muitas marcas de telas autofixantes, porém, a escolha da ideal varia de acordo com cada cirurgião e sua experiência. Assim como o Prof. Dr. Luiz Carneiro prefere realizar a cirurgia por meio da técnica extraperitoneal e há outros cirurgiões que acham que isso aumenta a área de dissecção e o trauma cirúrgico.

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dr Luiz Carneiro sorrindo com braços cruzados

Profº Dr.Luiz Carneiro

CRM: 22.761/SP

Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

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