Também conhecida como esteatose hepática, a gordura no fígado é uma doença hepática muito comum, que afeta cada vez mais pessoas. Ela ocorre quando as células saudáveis do órgão começam a ser invadidas por células de gordura.
O fígado é um órgão que fica localizado ao lado direito do abdômen. Ele desempenha mais de 500 funções básicas no corpo, assim como metabolização, filtrar e eliminar toxinas.
Quando essas gorduras séricas ultrapassam os níveis normais, é um sinal de alerta e precisa ser tratado. Mas, a gordura no fígado é causada por maus hábitos ou de forma hereditária? Confira no artigo a seguir.
Os perigos da gordura no fígado
Conforme já falamos, o fígado pode possuir um pouco de gordura. Porém, quando esses níveis ultrapassam 5 a 10%, o quadro deve ser tratado.
Com todo esse acúmulo de gordura os hepatócitos, células que realizam as funções metabólicas, deixam de desempenhar a sua função e pode causar um processo de inflamação no corpo.
A médio e longo prazo, essa inflamação pode evoluir para quadros mais graves, como hepatite, cirrose hepática e até tumores malignos no fígado.
Mas, afinal, o que causa a esteatose hepática?
A gordura no fígado pode ser dividida em dois tipos, de acordo com as suas causas:
- Esteatose hepática alcoólica: que, como o próprio nome sugere, é causada pelo consumo de álcool em excesso.
Ela acontece pois o álcool é metabolizado no fígado, porém, quando ingerido em grandes quantidades ou em curtos espaços de tempo, o órgão não consegue completar o processo de limpeza de álcool no organismo, deixando as células tóxicas.
- Esteatose hepática não alcoólica: já no caso da esteatose não alcoólica, a gordura é acumulada por conta do estilo de vida do paciente ou por outros tipos de doenças.
As principais causas da esteatose hepática não alcoólica são:
- Obesidade, diabetes e resistência à insulina;
- Colesterol ou triglicérides elevados;
- Alimentação rica em gordura e açúcar;
- Uso de medicamentos;
- Desnutrição
Também podemos citar o excesso de peso como uma das principais causas da esteatose no fígado. Aproximadamente 60% das pessoas que apresentam a doença são obesas.
Além disso, ela pode aparecer, também, em crianças e adolescentes. Quando aparece nos primeiros anos de vida, a gordura no fígado está ligada, principalmente, a doenças metabólicas. Porém, já nas crianças maiores, as causas são iguais aos adultos e estão ligadas a um estilo de vida.
Fatores de risco e sintomas da gordura no fígado
Além do excesso de peso, mulheres também podem ter mais chance de desenvolver o excesso de gordura no fígado. Isso se deve por conta do hormônio estrógeno, produzido naturalmente pelo corpo feminino, que facilita o acúmulo de gordura.
Outros fatores de risco da esteatose hepática são:
- Pessoas de ascendência oriental ou hispânica também parecem ter uma maior propensão ao quadro, ao contrário dos descendentes de africanos;
- Síndrome do ovário policístico;
- Hipotireoidismo;
- Síndrome metabólica;
- Apneia do sono;
Por ser uma doença silenciosa, a gordura no fígado não dá sinais logo no início. Nos estágios intermediários e avançados, os principais sintomas são:
- Cansaço;
- Fraqueza;
- Perda de apetite;
- Aumento do volume abdominal;
- Peles e olhos amarelos;
- Fezes sem cor;
Após o diagnóstico da doença, seguindo o tratamento adequado, o paciente tem altas chances de regredir o quadro ou estabilizá-lo.
Como prevenir a gordura no fígado?
A prevenção da esteatose hepática pode ser feita com mudanças na rotina e estilo de vida dos pacientes. Algumas medidas indispensáveis que garantem a prevenção são:
- Manter o peso ideal: essa é a medida mais eficaz para evitar a gordura no fígado. Porém, deve-se ter cuidado: dietas radicais, que promovem o emagrecimento muito rápido, podem até piorar o quadro;
- Ter uma dieta com alimentos fontes de colina e betaína: esses componentes ajudam o fígado a exportar os triglicérides para a corrente sanguínea, evitando o acúmulo de gordura. Exemplo de alimentos com esses elementos são: quinoa; beterraba; espinafre; farelo de trigo; ovo e soja;
- Evitar bebidas alcoólicas: para não causar a esteatose hepática alcoólica, o consumo de bebidas alcoólicas deve ser feito de maneira controlada e consciente.
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