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Estenose de esôfago tem cura? Como é o tratamento?

Índice

Descubra os principais aspectos da estenose  de esôfago, desde a sua definição e até diagnósticas e as opções de tratamento mais eficazes. Este conteúdo também detalha os cuidados necessários após o tratamento e estratégias para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Entenda mais sobre esse assunto!

Ilustração do sistema digestivo humano, destacando o esôfago e o estômago em tons iluminados, representando refluxo gastroesofágico ou inflamação.

A estenose de esôfago é uma condição clínica caracterizada pela redução do calibre do esôfago, dificultando a passagem de alimentos e causando desconforto e complicações nutricionais. 

Essa patologia pode ser consequência de refluxo gastroesofágico, inflamações crônicas ou cirurgias anteriores, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. 

A importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado é fundamental para evitar agravamentos. 

Neste artigo, abordaremos o que é a estenose de esôfago, os tratamentos disponíveis e os cuidados necessários pós-tratamento. Leia até o final e saiba mais!

Compreendendo a estenose de esôfago: definição, causas e prevalência

A estenose de esôfago é definida como uma redução anormal do calibre do esôfago, o que dificulta a passagem de alimentos sólidos e líquidos. 

Essa condição pode ser causada por diversas situações clínicas e patológicas. Entre as principais causas, podemos destacar:

  • Refluxo gastroesofágico: A exposição crônica ao ácido gástrico pode levar à inflamação e formação de cicatrizes.
  • Esofagite eosinofílica: Uma condição alérgica que causa inflamação e subsequente fibrose no esôfago.
  • Cirurgias ou radioterapia: Procedimentos que, por induzirem cicatrizes, podem ocasionar o estreitamento da luz esofágica.

Essa condição é mais prevalente em adultos, principalmente acima dos 50 anos, e apresenta maior incidência em indivíduos com histórico de doenças gastrointestinais. 

A identificação precoce é crucial para evitar complicações sérias, como a desnutrição.

Outros fatores de risco incluem histórico familiar de doenças esofágicas e consumo prolongado de álcool e tabaco.

Diagnóstico e opções terapêuticas: tratamentos convencionais e inovadores

O diagnóstico envolve uma série de exames e avaliações clínicas, que são fundamentais para definir a estratégia terapêutica mais adequada. Entre os métodos diagnósticos, destacam-se:

  • Endoscopia digestiva alta: Permite a visualização direta da mucosa esofágica e identificação de áreas de cicatrização ou inflamação.
  • Exames de imagem: Radiografias com contraste via oral e tomografia computadorizada ajudam a avaliar a extensão do estreitamento.
  • Manometria esofágica: Mede a pressão e a motilidade do esôfago, contribuindo para a definição do impacto funcional da lesão.

Quanto às opções terapêuticas, elas variam de acordo com a gravidade do estreitamento e a causa subjacente:

  • Dilatação endoscópica: É o procedimento mais comum e consiste na expansão mecânica do esôfago utilizando balões ou dilatadores.
  • Terapia medicamentosa: Anti-inflamatórios, inibidores da bomba de prótons e outros medicamentos podem ser indicados para reduzir a inflamação.
  • Intervenções cirúrgicas: Em casos severos, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários para remover áreas de fibrose ou reconstruir a passagem esofágica.

O acompanhamento multidisciplinar, envolvendo gastroenterologistas, cirurgiões e nutricionistas, é essencial para monitorar o progresso do tratamento e ajustar as intervenções conforme a resposta do paciente.

Cuidados pós-tratamento: prevenção de complicações, manejo de recidivas e qualidade de vida

Após o tratamento, os cuidados pós-tratamento são fundamentais para garantir a eficácia da intervenção e prevenir recidivas. Dentre as práticas recomendadas, destacam-se:

  • Acompanhamento regular: Consultas periódicas com gastroenterologista para monitoramento e avaliação da função esofágica.
  • Reavaliação endoscópica: Exames de rotina para identificar precocemente qualquer recidiva ou complicação pós-dilatacional.

Outras medidas importantes incluem:

  • Adaptação da dieta: Orientações nutricionais para evitar alimentos que possam irritar a mucosa esofágica.
  • Controle de hábitos de vida: Intervenção em fatores de risco, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, que podem agravar a condição.
  • Uso de medicamentos: Continuação ou ajuste da terapia medicamentosa, especialmente inibidores da bomba de prótons.

A educação sobre sinais e sintomas de alerta é essencial para que o paciente busque atendimento rapidamente em caso de nova obstrução ou complicações.

Essas estratégias combinadas possibilitam um manejo abrangente, minimizando riscos e assegurando uma melhor qualidade de vida a longo prazo para os pacientes que sofrem de estenose de esôfago. 

A prevenção de recidivas é um objetivo central, promovendo a manutenção da saúde e evitando a necessidade de intervenções repetidas.

Saiba mais: Complicações do refluxo gastroesofágico não tratado.

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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