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Entenda sobre Colangite: diagnóstico e tratamento

Colangite é caracterizada como a inflamação ou infecção das vias biliares, por conta da obstrução do transporte da bile para o intestino e vesícula biliar.

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Quer entender um pouco melhor sobre o assunto, saber como é feito o diagnóstico e qual o tratamento indicado? Acompanhe os detalhes a seguir!

O que pode causar a colangite biliar?

Depois de produzida e secretada pelo fígado, a bile passa pelo que chamamos de colângios. Em seguida, se transporta pelos ductos hepáticos, vias biliares, colédoco e por fim duodeno. É justamente nesse canal por onde a bile passa que pode haver um estreitamento ou obstrução.

Existem dois tipos principais de colangite: a colangite esclerosante e a aguda. A primeira é uma doença autoimune e grave, estando associada com outras patologias como a Doença de Crohn, por exemplo. 

E a segunda é de origem biliar , quando existe obstrução do canal, que pode ocorrer por pedras na vesícula, ou câncer. 

A colangite provoca sintomas?

Os sintomas da colangite esclerosante são diferentes da colangite aguda de origem biliar. 

Na colangite esclerosante, o paciente pode ser inicialmente assintomático, até desenvolver icterícia - pele e olhos amarelados - e doença hepática, por acometimento das células do fígado pelo acúmulo de bile. 

Entre os sintomas temos :

  • Coceira na pele;
  • Olhos e boca secos;
  • Cansaço em excesso;
  • Pele e olhos amarelados;
  • Dor muscular;
  • Dor nas articulações;
  • Gordura nas fezes.

Na colangite aguda, o paciente pode apresentar

  • Febre
  • Mal estar
  • Pele e olhos amarelados
  • Dor abdominal

Como é feito o diagnóstico de colangite biliar?

Em geral, o diagnóstico de colangite é feito após a realização de exames de sangue que avaliam o funcionamento do fígado, ou seja, verificam a existência de alterações como o aumento de bilirrubina ou enzimas hepáticas. Também podem ser solicitados outros exames, mais específicos, como o GGT, anticorpos anti mitocôndria e anticorpos anti-nucleares.

Outros exames indicados para a confirmação do diagnóstico são os exames de imagem, como tomografia, colangiografia e ultrassom, que avaliam as estruturas do fígado. Pode ser necessária uma biópsia, em caso de dúvidas dos médicos.

E como funciona o tratamento?

O tratamento pode ser feito por via endoscópica, através do stents para fazer a abertura da via biliar, removendo a estenose. 

Em casos onde a doença está mais avançada, algo muito comum quando o diagnóstico é tardio, pode ser necessária a cirurgia. 

O procedimento cirúrgico pode ser feito via robótica, aberta ou por videolaparoscopia, com o objetivo de fazer com que a bile volte a drenar e consiga percorrer outro caminho, cirurgia chamada de derivação biliodigestiva. 

Vale ressaltar que todos os pacientes devem manter o acompanhamento periódico com o médico para uma avaliação mais precisa do fígado e verificar se a doença não evoluiu para cirrose ou câncer hepático.

Possui outras dúvidas sobre a patologia? Deixe um comentário abaixo que em breve será esclarecido!

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Profº Dr.Luiz Carneiro

CRM: 22.761/SP

Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

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