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Todo contraste é Câncer? - Por Prof. Dr. Luiz Carneiro

- Quando o fígado humano capta um contraste, há chance de ser câncer?

A gente sempre tem que ver a imagem dentro do contexto clínico. Esse aspecto é muito importante. Muitas vezes, as pessoas vêm aqui em pânico porque tem um nódulo que não capta, mas depende do contexto. Existem algumas doenças, um cisto pode não captar naquela área e é extremamente benigno. Dentro do outro contexto, se é um fígado normal e tem uma lesão que não capta, pode ser um tumor.

Por outro lado, se o paciente tem uma cirrose, o câncer se caracteriza porque ele capta muito mais que a outra área. Então, cada tumor tem um comportamento biológico, um tipo de reação ou contraste.

Então, é importante que isso seja discutido com o seu médico, porque depende do contexto. Muitas vezes, pacientes chegam desesperados e não é câncer e outras vezes, o paciente acha que é normal, não se preocupa e quando chega, a lesão já cresceu, não tem mais jeito.

Por isso, sempre oriento: quando tiver uma imagem, leve seu exame ao médico que se interprete dentro do seu contexto clínico-radiológico, dentro da imagem mais a interpretação clínica.

Uma imagem de um conteúdo sólido num ultrassom isoladamente não tem muito valor. Pode ser uma doença benigna que nesse aspecto existem tumores benignos que têm esse aspecto como hiperplasia, adenomas, eventualmente, os hemangiomas. São lesões benignas, seu médico é que vai analisar e pedir uma imagem complementar.

Para nós, o padrão hoje, quando é possível, é a ressonância magnética que vai definir essas lesões com maior clareza. Muitas vezes não se tem acesso a isso e a tomografia ajuda bastante.  Se bem que o padrão ouro, o diagnóstico definitivo para as lesões sólidas no fígado é a ressonância magnética. Mas vale a estória clínica, o padrão familiar. Não adianta ver a imagem e entrar em pânico.

Vá ao médico e provavelmente, ele pedirá uma segunda imagem complementar.

- Uma simples ultrassonografia pode detectar um câncer no fígado?

Pode ser detectado, mas o técnico nunca dará uma certeza. Em fígado, para se ter a imagem definitiva, devemos fazer uma tomografia ou ressonância que injeta contraste, e revelará o resultado.

Confira também, nosso vídeo sobre o tema:

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