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Hipertensão Portal: como ela afeta o fígado e quais os tratamentos disponíveis

Índice

A hipertensão portal consiste na pressão elevada nas veias do fígado, levando a complicações como ascite e varizes esofágicas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são cruciais para evitar danos hepáticos severos. Conheça mais sobre os impactos e opções terapêuticas. Entenda mais sobre esse assunto!

Médico segurando um modelo anatômico de fígado em uma das mãos, com estetoscópio no pescoço e jaleco branco ao fundo.

A hipertensão portal é uma condição caracterizada pelo aumento da pressão na veia porta, responsável por levar sangue do sistema digestivo ao fígado. 

Esse aumento ocorre, geralmente, em decorrência de doenças hepáticas e pode levar a complicações graves.

Comum entre pessoas com doenças crônicas do fígado, a hipertensão portal exige tratamento para aliviar sintomas e prevenir complicações. 

Neste artigo, abordaremos as principais causas da hipertensão portal, os sintomas e complicações e as opções de tratamento disponíveis. Leia até o final e saiba mais!

Causas da hipertensão portal e como ela afeta o fígado

A hipertensão portal é causada pelo aumento da pressão na veia porta, que é a principal responsável por transportar sangue dos órgãos digestivos para o fígado. 

Esse aumento de pressão pode ocorrer por diferentes motivos, sendo a cirrose uma das causas mais comuns. Outros fatores associados incluem:

  • Trombose da veia porta: A obstrução causada por coágulos na veia porta bloqueia o fluxo sanguíneo e eleva a pressão.
  • Esquistossomose: Essa infecção parasitária pode causar danos ao fígado, levando à hipertensão portal.

Esse aumento na pressão dificulta a função do fígado, prejudicando o processamento de toxinas e nutrientes. 

Como o sangue tem dificuldade de fluir normalmente, ocorre uma redistribuição para outras veias, o que pode resultar em complicações sérias como varizes esofágicas e sangramentos graves.

Principais sintomas e complicações

A hipertensão portal frequentemente provoca sintomas significativos, que indicam a gravidade da condição e sua progressão. Entre os sintomas mais comuns, destacam-se:

  • Ascite: Acúmulo de líquido no abdômen, que causa inchaço e desconforto.
  • Esplenomegalia: Aumento do baço, que pode resultar em anemia e queda de plaquetas.
  • Varizes esofágicas: Veias dilatadas no esôfago que, se romperem, causam sangramento intenso.

Complicações como essas representam riscos graves para a saúde e, se não tratadas, podem até ser fatais. 

A identificação precoce dos sintomas é essencial para que o tratamento seja eficaz e para minimizar o impacto das complicações.

Tratamentos disponíveis e opções de manejo

As opções de tratamento variam de acordo com a gravidade e o estágio da condição, sendo algumas das abordagens mais comuns:

  • Medicamentos: Betabloqueadores podem ajudar a reduzir a pressão na veia porta, prevenindo o desenvolvimento de varizes.
  • Endoscopia: Em casos de varizes esofágicas, a ligadura elástica é uma técnica usada para prevenir sangramentos.
  • Procedimentos intervencionistas: A derivação portossistêmica intra-hepática transjugular (TIPS) é um procedimento que cria uma conexão entre a veia porta e outras veias hepáticas para aliviar a pressão.

Esses tratamentos, combinados com um acompanhamento médico regular, podem controlar a hipertensão portal e prevenir suas complicações, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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