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Qual é a diferença entre pedra e pólipo na vesícula?

A formação de pedras na vesícula biliar, conhecida como cálculos biliares, é um processo complexo relacionado a um desequilíbrio na consistência da bile. Esse desequilíbrio pode levar à irritação das paredes da vesícula. Já o pólipo é principalmente causado pelo acúmulo de colesterol.

No post de hoje, falaremos sobre as distinções entre pedras e pólipos na vesícula biliar, enfatizando os processos de formação, diagnóstico e métodos de tratamento específicos para cada uma dessas condições.

Como são formadas as Pedras na Vesícula?

A formação da bile é realizada por elementos específicos, embora seus nomes não tenham sido mencionados. Inclui produtos resultantes da degradação do sangue e sais biliares. Na verdade, trata-se de um desequilíbrio, algo semelhante a preparar um caldo; se ultrapassar o ponto certo, pode endurecer e se, por acaso, for adicionado um ingrediente em quantidade incorreta, também pode levar ao endurecimento.

Essa alteração na fórmula da bile pode causar irritação na vesícula, como resultado, a vesícula fica doente e forma cálculos, devido ao desequilíbrio, pois a função da vesícula é concentrar a bile, tornando-a mais eficaz na digestão dos alimentos quando chega ao intestino. Portanto, a formação de pedras é, na verdade, um desequilíbrio na consistência da bile, o que resulta na irritação das paredes da vesícula.

Quando a pedra está localizada dentro da vesícula, que também está doente,  simplesmente removê-la não resolve o problema; é necessário retirar a vesícula inteira. Isso ocorre porque, se não for removida, a vesícula continuará a produzir pedras devido ao desequilíbrio na bile e ao seu estado de saúde debilitado.

Formação dos Pólipos 

O pólipo da vesícula, em geral, ocorre devido à presença do colesterol, que é um componente desta fórmula. Aproximadamente 80 a 90% dos pólipos são compostos de colesterol, e devido à sua alta concentração, podem se desenvolver tanto pólipos quanto formações. Em casos mais raros, podem surgir pólipos adenomatosos, que se assemelham ao tecido muscular, como ocorre no intestino, estes apresentam um risco mais elevado.

Quais são os Tratamentos? 

No entanto, independentemente disso, tanto a bile quanto a vesícula estão comprometidas, e é necessário realizar uma cirurgia para remover a pedra, devido ao risco de crises. Não há benefício na cirurgia, mas o mesmo vale para os pólipos. Embora sejam benignos, se atingirem até 5 milímetros, podem ser observados, mas se ultrapassarem 5/6 milímetros, devem ser removidos. Sabe-se que a probabilidade de câncer aumenta quando eles ultrapassam os 6 milímetros.

Portanto, existem critérios bem estabelecidos para indicar a remoção da vesícula em caso de pedras ou pólipos. Recomenda-se, procurar um médico para discutir a situação.

Em geral, quando não há sintomas, a presença de um pólipo só é relevante se tiver mais de 6 milímetros ou se estiver em crescimento. Quanto à pedra na vesícula, a decisão de removê-la depende amplamente dos sintomas apresentados. Alguns indivíduos não apresentam qualquer sintoma e têm uma idade avançada, o que torna o benefício da cirurgia menor do que os riscos associados ao procedimento.

Portanto, é essencial discutir a situação com um médico, levando em consideração todo o contexto, para determinar qual é a melhor abordagem de tratamento.

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Profº Dr.Luiz Carneiro

CRM: 22.761/SP

Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

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