Fale conosco

Câncer de pâncreas: como o diagnóstico pode ajudar no tratamento e cura?

Índice
A imagem msotra um mulher com as duas mãos na barriga, demonstrando desconforto.

Existem diferentes tipos de câncer que são classificados de acordo com o órgão ou região do corpo que atingem. Esses tumores também recebem classificação conforme seu tipo e gravidade, sendo que são menos agressivos enquanto outros são mais, se desenvolvem rápido e oferecem grande risco para o paciente.

O pâncreas é um órgão que também pode ser acometido por tumores e, em seu caso, geralmente costumam ser bastante agressivos, exigindo intervenções rápidas. Daí a importância do diagnóstico o quanto antes para iniciar o tratamento, aumentando as chances de cura.

Quer saber mais sobre esse assunto? Continue lendo para entender por que é tão importante identificar rapidamente o câncer de pâncreas, e ainda confira como esse tipo de tumor pode ser tratado.

Sobre o pâncreas e o tumor que desenvolve nele

O pâncreas tem duas funções muito importantes no organismo humano. Ele é responsável por secretar hormônios que ajudam a regular o metabolismo do açúcar no sangue, e secreta enzimas que participam do processo digestivo.

Como acontece com outros órgãos, também é passível de desenvolver tumores malignos. O maior problema é que o câncer de pâncreas pode ser do tipo muito agressivo e pode se espalhar para outras partes do corpo.

Outra complicação deste tipo de câncer é o fato de ele ser, geralmente, diagnosticado de forma tardia. Isso acontece porque quando o tumor ainda está pequeno pode não desencadear sintomas e, quando as manifestações começam, podem ser ignorados pelo indivíduo, uma vez que se assemelham a outros tipos de problema.

Os sintomas iniciais podem ser inespecíficos e os exames achados em exames de imagem. Podemos observar perda de peso associado ao desenvolvimento do tumor.

Os sintomas tardios do câncer de pâncreas incluem:

  • dor abdominal, geralmente na boca do estômago, que irradia para as costas;
  • pele de cor amarelada (icterícia);
  • perda de peso;
  • indigestão.

É muito importante consultar um especialista em caso de manifestação desses sintomas, uma vez que o tratamento mais efetivo e que pode curar esse tipo de câncer é a cirurgia para retirada do tumor. Mas isso somente quando ele ainda está restrito ao órgão ou atingiu, no máximo, os gânglios ao redor dele.

Tratamentos para o câncer de pâncreas

Conforme explicamos, o câncer de pâncreas é uma doença muito agressiva e de necessita de diagnóstico precoce em função da localização do órgão, uma vez que ele está atrás de outro e isso dificulta identificar o tumor. Mas um diagnóstico tardio pode colocar em risco a vida do paciente.

Isso acontece porque o tratamento ideal e curativo nos casos iniciais pode ser feita por meio da cirurgia, pois os demais métodos atuam apenas como forma de evitar a progressão da doença, reduzir o tamanho do tumor ou promover o alívio de sintomas.

Por isso, o melhor ainda é ter um diagnóstico precoce desse tipo de câncer, para que seja possível fazer a sua retirada antes que ele alcance de uma invasão tão grande a ponto de não poder mais ser tratado.

De toda forma, o ideal mesmo é que o câncer de pâncreas seja prevenido. No caso de pessoas saudáveis, a prevenção é feita evitando o tabaco, a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e também mantendo uma dieta nutritiva e balanceada, rica em alimentos naturais.

Tem mais chance de desenvolver esse tipo de câncer as pessoas que são etilistas, tabagistas, dislipidêmicos, portadores de diabetes e pancreatite crônica. Sendo assim, precisam de um acompanhamento mais próximo.

Para esse grupo de pacientes, e também aqueles com histórico familiar da doença, é fundamental realizar exames periodicamente, a fim de acompanhar a saúde e, se for o caso, identificar a doença quando ainda estiver no começo.

Confira também, meu vídeo relacionado sobre o tema, abaixo:

Não se esqueça de que o câncer de pâncreas é preocupante em função da sua agressividade. Por isso, procure prevenir essa doença e, se você estiver em um grupo de risco, faça um acompanhamento rigoroso, sempre ficando atento a qualquer possível sintoma.

Gostou? Compartilhe!
Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
Saiba mais sobre o autor
Todos os comentários serão avaliados antes de serem aprovados.

Deixe o seu comentário!