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Transplante de fígado combinado à quimioterapia melhora a sobrevida?

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Transplante de fígado para metástase hepática: uma nova esperança! Descubra como essa técnica inovadora pode aumentar a sobrevida dos pacientes.

Neste texto, o transplante de fígado combinado com quimioterapia tem mostrado resultados promissores para pacientes com metástase hepática. Estudos recentes, como o Transmet, indicam maior sobrevida em casos selecionados, revolucionando o tratamento oncológico.

Transplante de Fígado para Metástase Hepática: Uma Revolução no Tratamento

O transplante de fígado tem sido amplamente utilizado para tratar doenças hepáticas avançadas, mas seu papel no manejo da metástase hepática está ganhando destaque. Estudos recentes, como o Transmet, indicam que essa abordagem pode melhorar significativamente a sobrevida dos pacientes em casos selecionados.

O Papel do Transplante de Fígado na Metástase Hepática

Pacientes com metástase hepática, especialmente aqueles com tumores primários no cólon e reto, frequentemente enfrentam desafios no tratamento. A remoção cirúrgica de múltiplas lesões hepáticas nem sempre é viável, tornando o transplante uma opção inovadora.

Estudos conduzidos na Escandinávia demonstraram que pacientes submetidos ao transplante de fígado apresentaram uma taxa de sobrevida superior a cinco anos, um resultado notável considerando o prognóstico desfavorável dessa condição. A experiência de centros de referência, como o grupo liderado pelo cirurgião René Adam, reforça a viabilidade dessa estratégia, desde que critérios rigorosos sejam seguidos.

Critérios para Seleção de Pacientes

Nem todos os pacientes com metástase hepática são candidatos ao transplante. Para aumentar as chances de sucesso, os especialistas consideram fatores como:

  • Ausência de doença extra-hepática: A metástase deve estar confinada ao fígado.
  • Intervalo entre o tumor primário e a metástase: Quanto maior o tempo, melhor o prognóstico.
  • Marcadores tumorais: Níveis elevados de CEA (antígeno carcinoembrionário) podem indicar pior prognóstico.
  • Resposta à quimioterapia: Pacientes que apresentam boa resposta ao tratamento sistêmico têm melhores resultados pós-transplante.

Avanços e Perspectivas Futuras

O estudo Transmet demonstrou que, seguindo critérios restritivos, a taxa de sobrevida em cinco anos pode chegar a 80%, um avanço significativo para pacientes que antes tinham expectativas muito reduzidas. A experiência acumulada em países europeus e no Brasil tem sido fundamental para expandir essa possibilidade, com protocolos em fase de aprovação no Ministério da Saúde.

No Brasil, o transplante com doador vivo já é uma alternativa viável, enquanto a incorporação dessa modalidade para doadores falecidos ainda está sendo discutida. A evolução das técnicas cirúrgicas e o aperfeiçoamento dos critérios de seleção de pacientes podem tornar essa abordagem cada vez mais acessível.

Considerações Finais

O transplante de fígado para metástase hepática representa um grande avanço no tratamento oncológico. Embora não seja indicado para todos os casos, os resultados obtidos até agora são animadores e indicam um caminho promissor para pacientes com poucas opções terapêuticas. Se você ou um familiar enfrenta essa condição, buscar um cirurgião especializado em transplantes pode ser um passo essencial para avaliar as possibilidades de tratamento.

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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