O que é Duodenopancreatectomia
Duodenopancreatectomia é a retirada da cabeça do pâncreas, e para se retirar a cabeça do pâncreas, devemos retirar junto o duodeno.
Pode ser feito nos tumores de cabeça do pâncreas ou nos pacientes que, muito raramente, têm um tumor de duodeno ou de papila duodenal. São tumores diferentes.
Papila duodenal é um tumor que tem um prognóstico bom, operado precocemente através da duodenopancreactectomia. O tumor de duodeno é muito raro e também tem um prognóstico bom, se operado numa fase mais inicial. Enquanto o tumor de pâncreas é mais agressivo, em geral, segue a quimioterapia e tem outras complicações que são maiores. O resultado não é tão bom nesta doença.
Consequências
A qualidade de vida, hoje em dia, nos doentes que superam bem a duodenopancreatectomia, em geral, é boa, mas a retirada de parte do pâncreas pode levar à, por exemplo, diabetes e diarreias, por falta do suco pancreático que ajuda na digestão dos alimentos.
Normalmente, esses pacientes podem precisar de suplementação, insulina ou de reposição das enzimas do suco pancreático. Nós temos que dar a esses pacientes uma substância que se chama pancreatina, comprimidos que o doente necessita comer após as refeições para evitar grandes diarreias e perda de peso.
Tipos de cirurgia
No geral, hoje em dia, existem algumas modalidades de cirurgia mais econômicas, com grande competência do ponto de vista oncológico e que oferece ao paciente uma excelente qualidade de vida.
Nós podemos realizar a duodenopancreactectomia por:
- Via aberta, abrindo a barriga, que é a mais realizada;
- Via laparoscópica, poucos centros fazem, que é retirar por furos na barriga, uma cirurgia que depende de destreza e qualificação da equipe;
- Cirurgia robótica, muitos centros estão fazendo com a ajuda de robôs, as referências também não são grandes.
Devemos lembrar que é uma cirurgia de grande porte seguidas de muitas complicações pós-operatórias e à longo prazo, população que se submetem à cirurgia podem ter complicações como diabetes ou diarreia, mas pode ser controlado com as medidas clínicas, passando a ter uma vida muito próxima do normal ou mesmo normal após um tempo.