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Hepatite C

O que é hepatite C?

A hepatite C é uma doença viral, que pode causar a inflamação do fígado. Na maioria das vezes, não apresenta sintomas, e o paciente não percebe o problema. De acordo com a OMS, somente 1 a cada 20 pessoas sabe que tem a doença, e apenas 1 a cada 100 recebe o tratamento.

A hepatite C é descoberta, geralmente, por meio de doação de sangue ou em exames de rotina. Além disso, pode ser que os sintomas só apareçam quando a doença do fígado já está bem avançada, o que costuma ocorrer muito tempo depois.

Na década de 1970, Harvey J. Alter, junto com sua equipe de investigação, demonstrou que a maior parte de casos de hepatite, detectados depois das transfusões de sangue, não eram causados pelos vírus das hepatites A e B. Em 1987, Michael Houghton e D.W. Bradley fizeram uma nova abordagem baseada na clonagem molecular. Em 1988, a existência do vírus foi confirmada por Alter, ao verificar a sua presença numa cultura de vírus não-A e não-B. Por fim, em 1989, a descoberta do VHC foi publicada ao longo de dois artigos na revista Science.

Como o vírus da Hepatite C é transmitido?

O vírus da hepatite C é o VHC, e pode ser transmitido, principalmente, por sangue contaminado. Contato sexual, via perinatal (de mãe para filho), compartilhamento de seringas ou de instrumentos na manicure, pedicure e piercings, também são formas de transmissão da doença. Por isso, é importante verificar sempre se os objetos utilizados durante exames, ou quaisquer outros procedimentos, são descartáveis ou estão esterilizados.

Quais são os sintomas?

Na maioria das situações, a hepatite C não provoca sintomas. No entanto, seu tipo agudo pode atingir alguns pacientes e causar os seguintes sinais: náuseas, vômitos, pele amarelada, mal-estar, dores musculares, perda de peso e cansaço.

Por sua vez, a hepatite C do tipo crônico é um estágio final de doença do fígado, ocasionando a ascite – a famosa barriga d’água – e confusão mental, que indicam que o paciente já está com a doença bem avançada.

Infelizmente, esse problema só é percebido depois de certo tempo, podendo levar a casos mais graves, como cirrose, câncer de fígado e, inclusive, insuficiência hepática.

Como é feito o diagnóstico?

Para descobrir a doença, é preciso fazer, principalmente, a pesquisa de anticorpos contra o vírus VHC, conhecida como anti-VHC. Em caso positivo, o paciente precisa realizar exames complementares que indiquem a doença e esclareça o quadro. Dessa forma, o médico poderá indicar o melhor tratamento, caso seja necessário.

O Sistema Único de Saúde oferece esse teste anti-VHC, mas apenas para aqueles que pertencem ao grupo de risco. As pessoas que receberam transfusões de sangue num período anterior a 1993, precisam fazer esse teste, já que o vírus não era conhecido naquela época.

Quais são as formas de prevenção?

Não existe vacina contra a hepatite C. Uma das formas de se prevenir é a informação. Deve-se ficar atento com as formas de transmissão da doença, e procurar evitá-las. Portanto, é necessário sempre verificar durante a realização de exames, se os objetos utilizados são descartáveis ou estão esterilizados.

É fundamental também o uso de preservativos, e saber, antes de engravidar, se é portador (a) da hepatite C, para evitar o contágio do bebê. Além disso, o uso de bebidas alcoólicas deve ser evitado, pois seu consumo em excesso pode piorar o problema. 

Como tratar a hepatite C?

A hepatite C é uma das poucas enfermidades crônicas que pode ser realmente curada. O índice de cura chega 90% dos casos. Ao longo do tempo, as pesquisas avançaram e incluíram-se combinações para o tratamento do VHC, que vem buscando, cada vez mais, os melhores índices no tratamento.

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dr Luiz Carneiro sorrindo com braços cruzados

Profº Dr.Luiz Carneiro

CRM: 22.761/SP

Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

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