Fale conosco

Rejeição de fígado transplantado: qual a solução?

Índice

Entre todos os transplantes de órgãos do nosso corpo, o de fígado é o que menos dá rejeição. O índice de rejeição crônica é muito pequeno, mas existe uma porcentagem.

Solução para rejeição crônica do fígado transplantado

Na grande maioria das vezes, quando há alguma forma de rejeição grave, é possível tratar com medicamentos. O tratamento é à base de medicações e a imunossupressão que é utilizada no dia a dia, como, por exemplo, o tacrolimus, mofetil micofenolato, corticoide, ciclosporina, timoglobulina, e mais recentemente surgiu o everolimus, que é uma droga específica para o fígado e não gera tanta lesão renal.

Contudo, existe um arsenal muito grande de drogas sendo possível resgatar a grande maioria dos fígados. Há uma pequena quantidade de pessoas que pode ter problemas na absorção de drogas ou que deixa de tomar o remédio na hora certa e na quantia certa. Muitos pacientes tiveram que recorrer ao retransplante por uma perda do uso contínuo da medicação.

Como evitar a rejeição crônica

Portanto, no pós-transplante é fundamental o uso contínuo da imunossupressão no horário correto e o acompanhamento periódico com o médico para evitar que o órgão seja perdido.

Óbvio que existem exceções, mas é muito raro perder o fígado por rejeição crônica. Caso não haja uma aderência perfeita ao tratamento, infelizmente podemos hesitar na indicação do retransplante.

Portanto, é muito importante que você tome o seu remédio corretamente. Faça os exames periódicos para saber se a dose do remédio está certa e de acordo com as especificações.

Caso tenha rejeição, existem outras drogas que podem ser associadas e que resolvem o problema na maioria das doenças. Fique tranquilo porque é muito raro precisar de um retransplante por perda de rejeição crônica do fígado transplantado.

Gostou? Compartilhe!
Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
Saiba mais sobre o autor
Todos os comentários serão avaliados antes de serem aprovados.

Deixe o seu comentário!