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Hepatite C - prevenção, transmissão e tratamento

Atualizado em: 12/07/2018

A Hepatite C é um vírus da família do Flavivírus

Oi gente tudo bem? A Hepatite C é um vírus da família do Flavivírus, está muito famosa agora, pela prima da febre amarela, portanto é um vírus que é bem patogênico e a via mais comum de contaminação é a via endovenosa.

Durante muito tempo nós acreditávamos que a via, furar com agulha ou dar sangue, era a via mais frequente, mas depois nós aprendemos que o contato sexual também é muito importante e existe uma contaminação enorme pelo contato sexual. Então é uma doença viral, grave e que pode ser evitada com o uso por exemplo de preservativos ou com materiais descartáveis.

Então pode-se pegar o uso comum de seringas e de agulhas, isso deve ser evitado. Então não se usando seringas comunitárias, e se usando preservativo nós tratamos a grande maioria, quase a totalidade dos casos de vírus da Hepatite C.

Essa é a primeira preocupação. Os sintomas é o sintoma de uma hepatite, o doente pode ter febrícula, ficar fraco e ter sintomas muito inespecíficos e essa doença pode se cronificar. Então a pessoa nem sabe que teve, porque ela não dá um quadro agudo, muito importante e ela se cronifica.

E depois a pessoa vai perceber quando já parecem os sintomas, muitos anos depois. Às vezes oito, nove, dez anos depois da contaminação é que aparece um sintoma de já é uma doença crônica no fígado, já pode ter.

Então vai fazer uma endoscopia, têm varizes de esôfago ou começa a ter sintomas de fraqueza, com queda de plaqueta, plaqueta baixa e alteração dos exames do fígado e aí nós descobrimos que tem uma Hepatite C.

Quando ela cronifica e não se sabe nós temos que tratar já nas fases complicadas. Quando é descoberto num exame em que se procura um médico, exame periódico, que é o ideal, e se descobre, hoje existem tratamentos por via oral e que curam quase que 100% dessa doença.

Então daí a importância de que todos que curam quase que 100% dessa doença.  Então daí a importância de que todos antes que ela fique crônica. Quando ela estiver cronificada, nós também vamos tratar, mas ela já pode dar comprometimento do fígado e esses que têm comprometimento do fígado, podem evoluir com uma forma de cirrose.

Alguns estabilizam com o tratamento medicamentoso e passam a ter uma vida normal, necessitando  apenas de controle periódico, porque existe um risco de câncer de fígado maior nessa população,  tem que ter um screening, tem que fazer exames periódicos para fazer o diagnóstico ou pode já ter uma evolução bastante grave, então ter que transplantar porque se tornou uma doença crônica, com barriga d'água, já varizes de esôfago com sangramento, confusão mental, que já é uma fase muito avançada da doença. Mas o grande risco desses doentes, é que esses fígados com fibrose e por ele ser um fígado que ele incorpora na célula, é levar ao câncer.

Então o que a gente sabe é que podemos até tratar esse diagnóstico, o diagnóstico precoce pode tratar, com a ablação ou com uma embolização, esses doentes têm um resultado muito bem e alguns que não respondem a essa forma o tratamento, podem, chegar ao transplante e é a causa mais comum de transplante é o carcinoma hepatocelular secundário a Hepatite C.

Hepatite C - prevenção, transmissão e tratamento - Por Prof. Dr. Luiz Carneiro - USP

Então Hepatite C é uma doença que ela pode hoje ser evitada usando-se preservativos e seringas descartáveis.

Se através dos exames periódicos ela for descoberta, ela pode ser tratada e curada com medicamentos. Mas naqueles que têm a forma crônica, nós devemos tratar, fazer screening para o risco de câncer e então, são populações de risco que nós chamamos, e também às vezes nós temos que tratar as complicações da cirrose mesmo e aí existe a necessidade de trabalhar com grupo de hepatologistas que tem grande experiência nessa doença.

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Profº Dr.Luiz Carneiro

CRM: 22.761/SP

Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

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