A hepatite B é uma infecção que pode causar danos graves ao fígado, incluindo o desenvolvimento de câncer hepático. Felizmente, essa é uma das poucas doenças que podem ser prevenidas por meio da vacinação e tratada.
Neste artigo, abordamos a importância da prevenção, do tratamento e do acompanhamento regular de pacientes que tem Hepatite B.
Hepatite B e os riscos para o fígado
O câncer de fígado causado pelo vírus da hepatite B é um dos poucos tipos de câncer que possuem vacina. Se uma pessoa for vacinada contra a hepatite B, ela não terá o vírus e, consequentemente, não desenvolverá esse tipo de câncer. Por isso, a primeira providência é tomar a vacina contra a hepatite B e garantir, por meio de exames, que os níveis séricos estejam adequados. Existem exames que podem detectar se a defesa do organismo contra o vírus é eficaz ou não, permitindo reforçar a imunização conforme necessário.
Tratamento da Hepatite B e possibilidades de cura
Atualmente, a hepatite B tem tratamento, e os avanços na medicina tornaram o processo mais acessível e eficaz. Diferente do passado, quando os tratamentos eram mais complexos, hoje é possível combater a infecção por meio de medicação oral com altos índices de sucesso.
No entanto, há uma parte da população que não foi vacinada e pode ter tido contato com o vírus. Em casos onde o vírus está ativo e se replica no organismo, ele pode entrar nas células do fígado e desencadear mutações que levam ao surgimento de tumores. Esse processo ocorre ao longo do tempo, resultando na formação de células atípicas e, consequentemente, no câncer hepático.
Para evitar esse risco, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível. O governo disponibiliza gratuitamente medicamentos para tratar a hepatite B, garantindo que todos possam ter acesso ao acompanhamento necessário.
Monitoramento contínuo
Mesmo após a cura da infecção ativa, algumas células do fígado podem permanecer afetadas. Isso significa que, embora a pessoa não transmita mais o vírus, a inflamação dentro das células pode continuar, aumentando o risco de desenvolvimento do câncer. Por isso, algumas pessoas devem ser monitoradas com mais atenção, especialmente aquelas que fazem parte de grupos de risco.
O acompanhamento médico envolve exames frequentes, como a dosagem da alfafetoproteína a cada três meses e ultrassonografias semestrais. O aumento progressivo dessa proteína pode indicar alterações no fígado, exigindo exames complementares para um diagnóstico mais preciso.
Impacto da pandemia no diagnóstico
A pandemia de COVID-19 impactou o acompanhamento de muitas pessoas com hepatite B. Pacientes que eram monitorados deixaram de realizar exames por dois ou três anos, e, ao retornarem, já apresentavam lesões estabelecidas.
Para evitar esse tipo de problema, é fundamental que pacientes com histórico de hepatite B sigam corretamente as orientações médicas e realizem exames periódicos. Isso permite a detecção precoce de possíveis complicações e melhora as chances de sucesso no tratamento.
Conclusão
O monitoramento adequado e a vacinação são essenciais na prevenção e no controle da hepatite B. Caso o médico julgue necessário, exames adicionais podem ser realizados para garantir um diagnóstico mais preciso.
Se você faz parte do grupo de risco, procure um médico para realizar exames regulares e garantir um acompanhamento adequado.