Fale conosco

Insuficiência pancreática

Índice

O QUE É INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA?

insuficiência pancreática é a incapacidade do pâncreas de secretar enzimas digestivas. Isto é, em quantidades suficientes para que possa digerir os alimentos e permitir que sejam absorvidos.

COMO OCORRE A INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA?

A função do pâncreas é produzir enzimas digestivas, que auxiliam na digestão dos alimentos. Justamente quando existe uma redução de 90% dessa produção, ocorre um colapso.

Por sua vez, o colapso acaba provocando danos ao organismo, gerando a insuficiência pancreática exócrina.

A insuficiência pancreática exócrina acontece quando o pâncreas entra em colapso, e para de produzir enzimas, causando uma péssima digestão e falhas na absorção dos alimentos.

Assim sendo, é possível dizer que, se o órgão não pode fazer o seu trabalho, são ocasionados problemas digestivos.

Em crianças, as mais frequentes são a fibrose cística e a síndrome de Shwachman-Diamond. A insuficiência pancreática endócrina pode estar associada ao diabetes do tipo 1, ou diabetes autoimune.

Geralmente, a doença é o resultado da lesão pancreática progressiva, que pode ter diversas causas, como a fibrose cística. Com menor frequência, pode estar associada ao câncer de pâncreas.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA?

Entre os principais sintomas da insuficiência pancreática, estão:

  • Perda de apetite;
  • Diarreia;
  • Perda de peso;
  • Fezes oleosas e com mau cheiro;
  • Dor de estômago;
  • Gases e inchaço;
  • Dor óssea;
  • Cãibras musculares;
  • Inchaço nas pernas;
  • Pele pálida, hematomas facilmente ou com erupção cutânea;
  • Osteoporose;
  • Anemia por perda de nutrientes vitais.

É importante lembrar que, pode surgir somente uma má digestão, formação de gases ou abdômen distendido, sendo estes os principais sintomas de pancreatite.

Em geral, a pessoa que sofre com este problema não precisa apresentar todos os sintomas, principalmente no início do problema. Os exames de sangue podem mostrar sinais de má nutrição.

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO DA INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA?

O principal fator de risco associado à insuficiência pancreática é a não absorção de gorduras e vitaminas (A, D, E, K), podendo ter a visão noturna comprometida por conta da deficiência vitamínica.

Em casos mais graves, ocorre também a deficiência óssea, na qual os ossos se quebram facilmente. Além disso, outros fatores podem contribuir, sendo eles:

  • Espasmos musculares;
  • Cólicas intestinais;
  • Convulsões;
  • Fraqueza;
  • Dormência nos pés e nas mãos;
  • Dores abdominais fortíssimas;
  • Gorduras nas fezes.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA?

O diagnóstico, geralmente, é realizado com base nos sintomas. Assim sendo, são solicitados alguns exames de imagem, exames de fezes (para avaliar a quantidade de gordura), e exames de sangue (para medir as vitaminas e sais minerais).

Então, são solicitados ao paciente os seguintes exames:

  • Exames de sangue;
  • Exames de fezes;
  • Tomografia computadorizada;
  • Ecografia endoscópica.

COMO TRATAR INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA?

O tratamento deve ser iniciado assim que o diagnóstico for confirmado pelo médico. E quanto mais precocemente começar, menores serão as chances de o paciente sofrer complicações que possam afetar sua qualidade de vida.

Geralmente, o tratamento é feito com a reposição das enzimas que estão em falta no pâncreas. São essas enzimas as responsáveis por ajudar o organismo a absorver os nutrientes que estão nos alimentos, corrigindo ou evitando a má nutrição.

Para tratar a insuficiência pancreática, alguns cuidados são necessários, tais como:

  • Dieta correta;
  • Hábitos saudáveis;
  • Ingestão de vitaminas A, D, E e K para substituir o que seu corpo não pode absorver dos alimentos;
  • Alimentação diária em cinco pequenas refeições;
  • Menores refeições, e com mais frequência ao longo do dia;
  • Evitar o cigarro e o álcool;
  • Beber grande quantidade de líquido;
  • Água, caldos, suco de fruta e bebidas sem cafeína;
  • Recusar refeições e dietas ricas em fibras;
  • Realizar a reposição de enzimas.
Gostou? Compartilhe!
Tags:
Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
Saiba mais sobre o autor
Todos os comentários serão avaliados antes de serem aprovados.