O pâncreas é uma glândula digestiva responsável por controlar os níveis de glicemia e produzir enzimas para absorção dos alimentos. Quando deixa de realizar suas funções, muitas vezes, é necessária a cirurgia para sua retirada, procedimento que recebe o nome de pancreatectomia.
Quer entender melhor o procedimento, como funciona e quando é indicado? Continue acompanhando o post de hoje!
Pancreatectomia: como funciona?
A pancreatectomia é caracterizada como a retirada de uma parte ou da totalidade do pâncreas. Durante a cirurgia são realizadas de quatro a seis incisões diretamente no abdômen do paciente.
Através dessas incisões é inserido gás carbônico para que a região possa ser visualizada. Com uma pequena ampliação de uma das incisões, é então removido o pâncreas. Quando o procedimento é finalizado, é retirado o gás carbônico.
A cirurgia pode ser classificada em três tipos, sendo eles:
Pancreatectomia total
A pancreatectomia total consiste na remoção do pâncreas por completo. Assim sendo, o paciente fica sem qualquer célula que produza insulina.
Devido a esse procedimento, o indivíduo tem grandes chances de desenvolver diabetes, pois o organismo já não combate os níveis elevados de açúcar no sangue, sendo mais difícil controlar a doença.
Pancreatectomia distal
Por sua vez, a pancreatectomia distal é a responsável pela remoção da cauda do pâncreas e até mesmo do baço, levando menos tempo para sua finalização.
Whipple
Técnica conhecida também como duodenopancreatectomia, bastante utilizada em casos de tumor que, geralmente, acomete a cabeça do pâncreas e alguns órgãos vizinhos, como estômago e intestino delgado.
Indicação de pancreatectomia
Considerada como uma das principais formas de tratamento do câncer de pâncreas, a pancreatectomia também é indicada em casos de:
- Câncer duodenal;
- Pancreatite crônica grave;
- Câncer distal (porção inferior) do ducto biliar;
- Neoplasias císticas;
- Tumores Neuroendócrinos, entre outras condições.
Períodos pré e pós-operatório
Antes do procedimento, o paciente deve passar por uma série de exames para uma avaliação mais precisa, entre eles:
- Tomografia de abdômen (com múltiplos detectores);
- Tomografia (emissão de pósitrons);
- Ecoendoscopia;
- Ressonância magnética;
- Exames laboratoriais.
Logo após a cirurgia, o paciente deve permanecer em observação, podendo ter alta alguns dias depois, a depender de seu estado geral de saúde. Caso ocorra alguma complicação e seja necessário outro procedimento, o tempo será maior.
Aos poucos, as atividades normais diárias podem ser retomadas, em um período de 30 dias e com recomendações médicas sobre os curativos e medicamentos. Esforços físicos devem ser evitados por até 60 dias.
Você recebeu a indicação de pancreatectomia? Conhece mais alguém que também irá fazer a cirurgia? Compartilhe esse conteúdo!