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Julho amarelo – a luta contra as hepatites virais

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O mês de julho é conhecido como “Julho Amarelo”, um período dedicado à conscientização e à luta contra as hepatites virais. Esta campanha busca ampliar a compreensão sobre essas doenças, bem como promover a prevenção, o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado. Nesse sentido, o Julho Amarelo assume um papel fundamental na disseminação de informações e na mobilização da sociedade em prol da saúde hepática, destacando a importância dessa batalha essencial.

Neste post, vamos falar sobre a importância da vacinação e da prevenção contra as hepatites B e C. Confira!

A vacina contra hepatite B, a prevenção do câncer de fígado

Nós dizemos que o câncer de fígado é um dos únicos que tem vacina, porque com a vacina contra a hepatite B você não vai desenvolver cirrose, um doença que se cronificar, tem altos índices de câncer.

Hepatite B endêmica e câncer de fígado: o impacto da vacinação

No Oriente, em Hong Kong, na China e no Japão, o vírus B era endêmico, a criança quando nascia já era contamina com o vírus, e embora muitas vezes não desenvolvesse a doença, ele ficava sendo portador do vírus, que mesmo quietinho lá na célula ele causa uma mutação na que pode desenvolver uma mutação cancerígena e levar ao desenvolvimento do câncer de fígado.

Devido a isso, era muito frequente a descrição de tumores de fígado em pacientes com 18/20 anos dessa região, diferente aqui do Ocidente, em que hoje o câncer acomete a população viral (quem teve a infecção viral) com 50/60 anos, porque aqui a infecção viral tipo B e C era transmitida com 20/30 anos e depois de 18/20 anos é que você poderia ter o tumor, enquanto no Japão a pessoa já nascia e se infecta.

Hoje, esse problema no Oriente foi resolvido graças à vacinação, o que mostra o quanto a vacina é fundamental.

Prevenção da hepatite C: cuidados e consciência necessários

Apesar de não ter vacina, a hepatite C também é prevenível.

A transmissão do vírus C é basicamente por contato endovenoso, mas pode ser também por contaminação por sexo ou por outros contatos contínuos com saliva e etc, então, nós temos que nos cuidar.

Embora hoje já exista tratamento para a hepatite C, via oral, que é mais simples perto do que era o anterior, ele ainda é muito caro e não são todos os que dispõem desse tratamento disponível. Por exemplo, na rede do Estado às vezes tem fila para entrar e ter esse remédio disponível. Então, o melhor a se fazer é se prevenir se protegendo fazendo um sexo seguro e tratando as coisas da maneira correta.

Essa campanha de conscientização sobre as hepatites é fundamental para entender a importância da vacinação e dos cuidados para não se infectar não só pelas hepatites B e C, como da hepatite A.

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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