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Hepatite A

A imagem mostra uma representação gráfica do vírus da Hepatite A no corpo humano

O que é Hepatite A?

A hepatite A trata-se de uma infecção provocada pelo vírus VHA, que entra no organismo através do aparelho digestivo e multiplica-se, causando inflamação e necrose do fígado. A transmissão do vírus é fecal-oral, através do consumo de água e de alimentos contaminados, ou diretamente de uma pessoa para outra. 

A descoberta do vírus da hepatite A ocorreu na década de 70, todavia, na antiguidade, já se registavam surtos da doença, que na época era chamada de icterícia infecciosa, e apresentava epidemias frequentes em períodos de guerra e de catástrofes.

As pessoas infectadas com a hepatite A, eliminam o vírus em suas fezes de modo constante. Para ser infectado, é necessário que o vírus entre em contato com a boca.

O vírus da hepatite A é totalmente diferente do vírus da hepatite B e C. Todas possuem o mesmo nome, mas são completamente distintas. Segundo o Ministério da Saúde, a prevalência nas capitais brasileiras e no Distrito Federal foi de 39,5% no ano de 2011. 

Como se transmite o vírus?

A hepatite A é transmitida de pessoa para pessoa, quando os alimentos estão contaminados por dejetos contendo o vírus. A disseminação do vírus também ocorre, em maior grau, em algumas regiões de países subdesenvolvidos, por conta da baixa cobertura vacinal. Crianças e adolescentes compõem o grupo dominante de infectados.

O contato oral com as fezes de outros, em um primeiro momento, pode parecer improvável, mas é muito mais comum do que se imagina. Quanto pior for a condição de higiene do meio, mais fácil será a transmissão.

Na prática, a contaminação da hepatite A acontece: 

  • Através de refeições preparadas por pessoas que não lavam as mãos após evacuação;
  • num mergulho em praias ou lagoas poluídas que recebem esgoto não tratado; o vírus pode sobreviver por 6 meses nessas águas;
  • ao comer frutos do mar de regiões com águas poluídas e esgoto não tratado;
  • tocar em objetos contaminados e depois levar a mão à boca;
  • ter relação sexual com uma pessoa infectada, principalmente se houver sexo anal ou rotina de lamber o ânus do parceiro.

Um dos principais problemas da hepatite A, uma hepatite viral, é que o paciente contaminado começa a eliminar o vírus antes mesmo dos sintomas aparecerem.

Quais são os sintomas?

Geralmente, a doença é assintomática. Mas, alguns pacientes reclamam de cansaço, tortura, enjôo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, fezes clara e urina escura.

A hepatite A se manifesta entre 15 e 40 dias após a infecção.

Como é feito o diagnóstico?

Através de um exame de sangue para detectar a presença de anticorpos anti-VHA, que a equipe médica constata a existência da hepatite A, uma hepatite viral.

Como tratar a doença?

O paciente deve sempre seguir as orientações médicas. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno, raramente leva a pessoa à morte.

Caso o paciente já tenha uma doença hepática crônica, por outro vírus ou ingestão excessiva de bebida alcoólica, a infecção pode levar à falência hepática, conhecida por hepatite fulminante.

É possível prevenir a infecção?

Para evitar o surgimento da doença, deve-se:

  • Melhorar as condições de saneamento e higiene;
  • lavar as mãos após ir ao banheiro e trocar fraldas;
  • colocar de molho alimentos crus, por 30 minutos, em água tratada, fervida ou clorada;
  • cozinhar bem mariscos, frutos do mar e carne de porco;
  • caso haja algum doente com hepatite A em casa, utilize hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária ao lavar o banheiro.

Para tratar a água, basta ferver ou colocar duas gotas de hipoclorito de sódio em um litro de água, 30 minutos antes de bebê-la, deixando o recipiente tampado para que o hipoclorito possa agir, tornando a água potável para o consumo.

Na ausência de hipoclorito de sódio, pode-se preparar uma solução caseira com uma colher de sopa de água sanitária, a 2,5% (sem alvejante), diluída em um litro de água.

Vacina contra hepatite A

A vacina contra hepatite A foi introduzida no calendário infantil em 2014, para crianças de 15 meses a 5 anos. Uma é aplicada em duas doses, com intervalo de seis meses. A outra, em três doses ao longo de um semestre.

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dr Luiz Carneiro sorrindo com braços cruzados

Profº Dr.Luiz Carneiro

CRM: 22.761/SP

Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

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