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Professor Dr Luiz Carneiro vai coordenar força tarefa contra a febre amarela

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Força tarefa contra a Febre Amarela - Por Prof. Dr. Luiz Carneiro

Professor Dr Luiz Carneiro de Albuquerque, da Divisão de Transplantes de Fígado do HC, vai coordenar uma rede de hospitais do interior em força tarefa contra a febre amarela.

A missão passada pelo Secretário Estadual da Saúde, David Uip, ocorre após a experiência bem-sucedida de um transplante numa vítima de febre amarela na virada do ano.

Gabriela Santos desenvolveu uma hepatite fulminante dias após contrair o vírus silvestre da febre amarela nas matas de Mairiporã, região epidêmica da Grande São Paulo. Clique aqui e veja também essa outra postagem, detalhando o caso de Gabriela.

Acompanhe também a reportagem no Programa Bem Estar da Rede Globo.

O problema é muito sério porque novos óbitos estão sendo confirmados e o próprio Ministério da Saúde ordenou o fracionamento das doses da vacina.

Em fevereiro, haverá campanha nacional nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

Em função do aumento da demanda, começa a falta vacina nas clinicas particulares que cobram entre 220 e 260 a dose da vacina atenuada.

Nas clínicas, o produto é francês dos laboratórios Sanofi-Pasteur e o Ministério da Saúde trabalha com a produção de Manguinhos da Fiocruz.

Campanha Nacional contra Febre Amarela

A campanha emergencial ocorre nos locais onde estão aparecendo macacos mortos. O macaco não transmite a doença. O vírus que atinge a população no momento tem o ciclo transmissão silvestre e não urbano.

No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata.

No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. Último surto de febre amarela urbana que se tem notícia foi em 1942, por isso o risco de manter criadouros do Aedes aegypti. É o mesmo mosquito transmissorda Zika, dengue e Chikungunya.

Entre fevereiro e março deste ano, 75 municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia irão realizar campanha de vacinação com doses fracionadas e padrão contra a febre amarela. A iniciativa é do Ministério da Saúde em conjunto com os três estados e municípios e tem caráter excepcional.

O objetivo é evitar a expansão do vírus para áreas próximas de onde há circulação atualmente. No total, 19,7 milhões de pessoas destes municípios nos três estados deverão ser vacinadas na campanha, sendo 15 milhões com a dose fracionada e outras 4,7 milhões com a dose padrão.

A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva que será implementada em áreas selecionadas, durante período determinado de 15 dias, pelos estados para evitar a circulação e expansão da doença.

São Paulo reabre parques e promove ‘Dia D’ contra a febre amarela, clique aqui!

Confira também, nosso vídeo sobre o tema:

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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