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Pancreatite de Repetição: causas e tratamento

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As pancreatites recorrentes, ocorrem em geral por doenças associadas a distúrbios do metabolismo, como síndrome hiperlipidêmica, por exemplo.

A síndrome hiperlipidêmica pode causar pancreatite, pois, a composição do suco pancreático altera, podendo formar plugs de proteína, que é um cálculo que entope o canal, e ele faz a digestão do próprio pâncreas, que é a pancreatite.

Então, as pancreatites de repetição são em geral associadas a fenômenos autoimunes.

A pancreatite e a esofagite, são chamadas de eosinofílicas, porque, são muito associadas a problemas alérgicos, etc.

Existe uma característica na imagem, por exemplo, que é um pâncreas grandão e essa é uma pancreatite que é chamada de pancreatite eosinofílica. Um nome mais antigo, mas que fala bem porque é ligado a alergia.

Existem algumas síndromes de triglicérides, que dão um nível elevado de triglicérides, e decorrente disso formam um suco pancreático alterado e leva a pancreatite.

Causas

A causa mais comum, principalmente em adultos, são os microcálculos.

São pequenos cálculos que saem da vesícula quando a vesícula se contrai, pois a vesícula espreme para mandar a bile para fazer a digestão no intestino e, na passagem, tem uma portinha de entrada na bile para entrar no intestino, que nós chamamos de papila duodenal.

Quando passa ali, ele inflama a papila, que é onde também desemboca o ducto pancreático principal.

Ou seja, é uma junção dos dois ductos que vão lançar as enzimas que fazem a digestão no intestino. E a obstrução por cálculo que passa lá, encrava, rasga, faz um pequeno ferimento e isso aí pode levar a pancreatite biliar recorrente.

A pancreatite biliar recorrente são pequenos cálculos que muitas vezes se vê mal na tomografia e na ressonância, porém, a ultrassonografia que é um bom exame, talvez seja a melhor maneira de diagnosticar a microlitíase da vesícula.

Tratamento

Se o ultrassom deu normal e os outros métodos de imagem também, nós podemos fazer uma ecoendoscopia, que é um ultrassom da vesícula guiado por endoscopia para afastar ou confirmar a hipótese de microcálculo.

Se for microcálculo, o tratamento é a cirurgia. Se for eosinofílica, tem que tratar especificamente, assim colesterol para evitar novas crises.

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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