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Esofagite Erosiva Grau A: o que significa esse diagnóstico?

Índice

A esofagite erosiva grau A é uma inflamação leve do esôfago causada pelo refluxo ácido. Embora seja considerada inicial, pode evoluir sem o tratamento adequado. Saiba como ela é classificada, seus sintomas mais comuns e as melhores opções de tratamento para evitar complicações futuras. Entenda mais sobre esse assunto!

Mulher com expressão de dor, tocando a garganta com a mão, região iluminada em vermelho indicando desconforto ou inflamação no esôfago.

A esofagite erosiva grau A é uma inflamação no esôfago caracterizada por pequenas erosões na mucosa. Esse diagnóstico faz parte da Classificação de Los Angeles, que avalia a gravidade da inflamação esofágica. 

É estágio inicial da esofagite, em geral, assintomática. 

Neste artigo, abordaremos o que é a esofagite erosiva grau A e como é classificada, os principais sintomas e quando procurar um médico e o tratamento e cuidados para evitar a progressão da doença. Leia até o final e saiba mais!

O que é esofagite erosiva grau A e como é classificada

A esofagite erosiva grau A é um estágio inicial da inflamação esofágica. Pode ser causado por refluxo.  Para entender esse diagnóstico, é importante conhecer a Classificação de Los Angeles, um sistema usado para categorizar a gravidade da esofagite erosiva.

  • Grau A: Pequenas erosões menores que 5 mm e sem fusão entre si.
  • Grau B: Erosões maiores que 5 mm, mas que ainda não se fundem.
  • Grau C: Erosões que começam a se unir, cobrindo menos de 75% da circunferência do esôfago.
  • Grau D: Erosões graves cobrindo mais de 75% da circunferência do esôfago.

Outras agressões a mucosa do esôfago podem causar esofagite, e esse achado na endoscopia não é definitivo para o diagnóstico de doença do refluxo. 

Principais sintomas e quando procurar um médico

A esofagite erosiva grau A pode apresentar sintomas leves ou até ser assintomática na maioria dos casos. No entanto, quando os sinais aparecem, é fundamental buscar avaliação médica. Os principais sintomas incluem:

  • Azia (pirose): Sensação de queimação na região do peito, especialmente após refeições ou ao deitar.
  • Regurgitação : Retorno do conteúdo gástrico à boca, causando gosto ácido ou amargo.
  • Dor ou desconforto no peito: Pode ser confundida com problemas cardíacos, mas está relacionada à irritação do esôfago.
  • Rouquidão e tosse crônica: O refluxo pode irritar a laringe, levando a sintomas respiratórios.

Quando procurar um médico?

  • Se os sintomas ocorrem com frequência (mais de duas vezes por semana).
  • Caso haja dificuldade para engolir ou sensação de algo preso na garganta.
  • Se houver perda de peso inexplicável ou vômitos persistentes.

O diagnóstico precoce evita a progressão da doença e melhora a resposta ao tratamento.

Tratamento e cuidados para evitar a progressão da doença

O tratamento da esofagite erosiva grau A depende do diagnóstico da sua causa. No caso de doença do refluxo,  principais abordagens incluem:

1. Medicamentos

  • Inibidores da bomba de prótons (IBPs): Omeprazol, pantoprazol e esomeprazol reduzem a produção de ácido e auxiliam na cicatrização.
  • Antiácidos: Aliviam sintomas momentaneamente, mas não tratam a inflamação.

2. Mudanças na alimentação e hábitos

  • Evitar alimentos que aumentam o refluxo, como café, álcool, frituras e comidas picantes.
  • Fazer refeições menores e frequentes para evitar sobrecarga do estômago.
  • Evitar deitar logo após as refeições – o ideal é esperar pelo menos 2 a 3 horas.
  • Manter um peso saudável, pois o excesso de peso aumenta a pressão sobre o estômago.

3. Adaptações no dia a dia

  • Elevar a cabeceira da cama para evitar que o ácido suba durante a noite.
  • Parar de fumar, pois o tabagismo piora os sintomas do refluxo.
  • Reduzir o estresse, já que o nervosismo pode influenciar o funcionamento do sistema digestivo.

Saiba mais: Entenda as causas da esofagite.

Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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