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Cirurgia para Câncer de Estômago: quando é Indicada e como é feita?

Índice

A cirurgia para câncer de estômago pode ser fundamental no tratamento, mas nem sempre é indicada. O tipo de procedimento depende do estágio da doença e das condições do paciente. Além disso, a recuperação exige cuidados essenciais. Descubra quando a cirurgia é necessária. Entenda mais sobre esse assunto!

Imagem de equipe médica realizando cirurgia, com o texto: "Cirurgia para Câncer de Estômago: quando é indicada e como é feita?".

O câncer de estômago é uma das formas mais agressivas da doença e frequentemente diagnosticado em estágios avançados. Seu tratamento pode envolver quimioterapia, radioterapia e cirurgia. 

A ressecção do tumor pode ser a melhor opção para aumentar as chances de cura, dependendo do estágio da doença, localização do câncer e estado de saúde do paciente. Existem diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos, cada um com indicações específicas. 

Neste artigo, abordaremos quando a cirurgia é indicada no câncer de estômago e quais fatores influenciam essa decisão, os principais tipos de cirurgia para câncer de estômago e como cada uma é realizada, além da recuperação pós-cirúrgica e cuidados essenciais para a qualidade de vida do paciente. Leia até o final e saiba mais!

Quando a cirurgia é indicada no câncer de estômago e quais fatores influenciam essa decisão

Nem todos os casos de câncer de estômago exigem cirurgia. A indicação depende de vários fatores, incluindo o estágio da doença, o tamanho e a localização do tumor e o estado de saúde do paciente.

Critérios para indicação da cirurgia:

  • Câncer localizado: Quando o tumor ainda está restrito ao estômago e não há metástases em órgãos distantes.
  • Ausência de contraindicações médicas: Pacientes com boas condições de saúde, sem comorbidades graves que impeçam a cirurgia.
  • Ressecabilidade do tumor: Quando é possível remover o câncer com margens de segurança para evitar recidiva.
  • Resistência a outros tratamentos: Em alguns casos, a quimioterapia e radioterapia podem ser usadas antes para reduzir o tumor e tornar a cirurgia viável.

Nos casos mais avançados, a cirurgia pode ser paliativa, reduzindo sintomas como dor e obstrução do trato digestivo, mas sem intenção curativa. A decisão é tomada por uma equipe multidisciplinar considerando o melhor para o paciente.

Principais tipos de cirurgia para câncer de estômago e como cada uma é realizada

A escolha da técnica cirúrgica depende do estágio do câncer e da extensão do tumor. As principais opções incluem a gastrectomia parcial e a gastrectomia total.

Tipos de cirurgia para câncer de estômago:

  • Gastrectomia parcial:
    • Indicada quando o tumor está localizado em uma parte mais distal do estômago.
    • Apenas a porção afetada do estômago é removida, preservando parte superior do órgão para manter a função digestiva.
  • Gastrectomia total:
    • Necessária quando o câncer afeta parte superior do estômago ou quando há tumor grande.
    • O estômago é totalmente removido e o esôfago é conectado diretamente ao intestino delgado.
  • Cirurgia laparoscópica ou robótica:
    • Técnica minimamente invasiva, com recuperação mais rápida e menor risco de complicações.

Além da remoção do estômago, a cirurgia envolve a retirada de linfonodos, para reduzir o risco de recidiva.

Recuperação pós-cirúrgica e cuidados essenciais para a qualidade de vida do paciente

O pós-operatório da cirurgia para câncer de estômago exige adaptação alimentar, acompanhamento médico contínuo e mudanças no estilo de vida para garantir qualidade de vida.

Principais cuidados no pós-operatório:

  • Dieta adaptada: Inicialmente, a alimentação é líquida e evolui para pastosa e sólida conforme a recuperação. Pequenas porções frequentes ajudam na digestão.
  • Suplementação nutricional: Sem o estômago, a absorção de alguns nutrientes pode ser prejudicada, exigindo suplementação de vitaminas como B12.
  • Monitoramento médico constante: Exames regulares são essenciais para detectar recidivas precocemente.
  • Adaptação ao novo sistema digestivo: Pode ocorrer síndrome de dumping, quando o alimento passa rápido demais para o intestino, causando tontura e náusea. Ajustes na dieta ajudam a minimizar esse efeito.

Com o acompanhamento adequado e mudanças na alimentação, muitos pacientes conseguem manter uma boa qualidade de vida após a cirurgia.

Saiba mais: Como evitar o câncer de estômago causado pelo H. pylori?

Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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