A pancreatite é uma condição inflamatória do pâncreas, uma glândula vital para o sistema digestivo e a regulação do açúcar no sangue.
Neste texto, exploraremos as implicações sérias da pancreatite, um distúrbio inflamatório do pâncreas. Discutiremos as possíveis complicações, incluindo aquelas que podem ameaçar a vida, e examinaremos as abordagens contemporâneas no tratamento desse quadro clínico. Confira!
A pancreatite pode levar à morte?
Sim, a pancreatite aguda é um quadro muito grave que pode evoluir para necrose e destruição do pâncreas, pois as próprias enzimas do pâncreas acabam digerindo aquele órgão porque se desencadeia um processo inflamatório local muito grande. Felizmente, esse problema acontece numa pequena incidência da população que tem pancreatite.
Então, a pancreatite pode levar sim a complicações muito graves, como a pancreatite que a gente chama de necro-hemorrágica, que é muito grave e de tratamento bastante complexo pois muitas vezes o doente precisa ficar internado em UTI.
Como a pancreatite era tratada
Alguns anos atrás, a pancreatite era tratada de forma cirúrgica, porém, nós operávamos e o resultado era muito ruim, com uma taxa de mortalidade muito alta. Hoje, a abordagem é muito mais clínica, com os métodos de imagem e os meios de diagnóstico é possível fazer o seguimento e deixar o doente em repouso alimentar. Dependendo do quadro é possível se alimentar precocemente também
Com esse novo método, a gente vai tratando as complicações da pancreatite de maneira bastante conservador, e somente quando necessário nós operamos, mas o mais tarde possível. Quanto mais tarde operar essas complicações da pancreatite, melhor vai ser para o doente.
Em alguns casos, ao invés de operar, a gente pode fazer uma resolução disso por via endoscópica ou por radiologia intervencionista, sem a necessidade da cirurgia abdominal. Mesmo assim, com a cirurgia laparoscópica ou robótica nós também evitamos o maior sofrimento desses pacientes.
Conclusão
A pancreatite é um quadro grave sim e tem que ser muito respeitado. A maioria das vezes ela é edematosa (de evolução benigna) e não preocupa, mas, existem as formas graves, que são bastante preocupantes e deve ser tratado em hospital.