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A obesidade pode ser um fator de risco para o câncer?

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A obesidade é amplamente reconhecida como um grande fator de risco para o desenvolvimento de câncer. Diversos tipos de câncer, especialmente os relacionados ao sistema digestivo, como fígado, pâncreas, intestino e estômago, são impactados diretamente pelo excesso de gordura corporal.

As evidências mostram que a obesidade influencia o risco de várias doenças oncológicas, o que torna crucial entender essa relação. Por isso, vamos explicar um pouco sobre relação entre a obesidade e o câncer. Confira!

Câncer de fígado e esteatose hepática

Pacientes que sofrem de esteatose hepática, uma condição caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado, enfrentam um risco aumentado de desenvolver doenças hepáticas crônicas, como cirrose, e até câncer de fígado. Em alguns casos, a cirrose hepática pode ter origem na chamada NASH (esteato-hepatite não alcoólica), que é uma inflamação do fígado relacionada à gordura, e não ao álcool, o que eleva ainda mais a possibilidade de câncer hepático.

Obesidade e o câncer de pâncreas

A obesidade também tem sido associada ao aumento na incidência de câncer de pâncreas. Estudos apontam que indivíduos obesos têm uma probabilidade significativamente maior de desenvolver esse tipo de câncer, uma das formas mais graves e de difícil tratamento, destacando o impacto do peso na saúde dos órgãos digestivos.

Outros órgãos digestivos afetados pela obesidade

Além do fígado e do pâncreas, a obesidade influencia o desenvolvimento de câncer em outros órgãos do sistema digestivo, como o intestino e o estômago. A gordura corporal exerce um papel importante nesses órgãos, aumentando as chances de mutações celulares que podem levar ao câncer. Portanto, manter o peso sob controle é essencial para reduzir os riscos de doenças oncológicas nessas áreas.

Importância de controlar a obesidade

Para quem está enfrentando a obesidade, é fundamental procurar formas de tratamento, seja através de medicações ou outras abordagens recomendadas por profissionais de saúde, como o endocrinologista. A perda de peso, de forma consistente e duradoura, pode ajudar a reduzir significativamente os riscos de desenvolver câncer nos órgãos mencionados, além de melhorar a saúde geral.

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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