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Colectomia: retirada total ou parcial do intestino grosso

Índice

A colectomia é uma retirada do intestino grosso, podendo ser ela total ou parcial. Continue lendo e saiba mais sobre estes procedimentos.

Colectomia Total

A colectomia, ou retirada do intestino grosso total, é quando retiramos totalmente o intestino grosso, que é composto de ceco ascendente, transverso, descendente e sigmóide.

Também na total, fazemos uma anastomose do íleo ao reto, tiramos a válvula ileocecal, que é uma válvula importante para determinar absorção e ritmo de evacuação. Com o tempo, os doentes se adaptam à perda dessa válvula e é possível viver!

Bolsa Ileal

Quando se faz uma anastomose com o reto e ocorrem problemas e precisa-se refazer, ou se o doente já tem problemas de absorção, já teve seu reto retirado, temos que fazer uma bolsa com um reservatório intestinal com intestino delgado para aumentar o reservatório e absorver mais alimentos e aí esvaziar o conteúdo intestinal. Isso se chama Bolsa Ileal!

Ileorretoanastomose

Já quando nós tiramos e deixamos o reto até dentro da cavidade abdominal que nós chamamos de reto alto, que é o começo da sigmóide, nós podemos fazer uma ileorretoanastomose, que os doentes no começo tem um pouco de diarreia mas se adaptam muito bem e têm uma vida normal.

Então, um fator muito importante é a indicação! Se a indicação for, por exemplo, um doente que tem pólipos no intestino e não é incomum, 15 a 20% das vezes pode-se ter lesões sincrônicas, e é, do ponto de vista oncológico, uma cirurgia mais curativa, retiramos todo o intestino e deixamos o sigmóide acima e fazemos uma anastomose íleo com sigmoide

Como é o Preparo para a Cirurgia?

O preparo para a cirurgia é feito do modo clássico, com laxantes, que podem ser por via retrógrada ou anterógrada, isso é, ou você toma pela boca, ou faz a lavagem por baixo, este último um método que não usamos mais.

Então, pode-se fazer a limpeza do cólon em 2, 3 dias se o doente estiver mais debilitado, ou se faz na noite anterior se o doente tiver bom status e performance. Então, o seu médico que mexe com isso, que é o cirurgião, vai fazer esse preparo sem nenhum problema!

Recomendações pós-cirúrgicas

Pós cirurgia, recomendamos nessas lesões baixas que seja feita uma cirurgia muito bem feita, o cuidado é muito grande porque muitas vezes nós fazemos uma ileostomia, uma aberturinha do intestino alto, para proteger a costura lá em baixo, porque a costura é muito difícil, com um índice de aplicação elevado se não for feita a ileostomia de proteção para não ter fezes aonde costuramos.

Muitas vezes, deve ser feita uma tomografia com contraste, enchendo o reto para ver se extravasa, se tem saída, é fazer o fechamento da ileostomia quando tivermos certeza que lá em baixo está tudo bem

Vimos centenas de doentes e sabemos pela literatura , que temos milhões de pessoas que vivem sem o intestino grosso muito bem.

Sem o intestino delgado já é outra história que falaremos em outro post, que é a chamada “Síndrome do Intestino Curto”.

Dito isso, é sim possível ter uma qualidade de vida social, saindo, fazendo atividades fora de casa, sem perda de fezes.

Fisioterapia Anorretal

Para finalizarmos, às vezes, quando se faz essa cirurgia em pessoas de idade maior, podemos ter pequenas perdas e hoje nós temos muito indicada a fisioterapia anorretal.

Existem especialistas que fazem fisioterapia nesta região com uma melhora fantástica!

Então, procure o seu proctologista, seu gastrocirurgião, quem lhe operou, se estiver com pequenas perdas, que você pode melhorar muito com o nutricionista e a fisioterapia da região perineal.

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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