A cirurgia do refluxo gastro esofágico pode ser um procedimento realizado pela via laparoscópico ou convencional, indicado quando o tratamento com medicamentos e os cuidados com a alimentação já não oferecem bons resultados, principalmente aos pacientes que apresentam lesões significativas no esôfago decorrente de sua doença.
A técnica utilizada habitualmente é a laparoscopia, com anestesia geral, onde são utilizadas pinças e câmeras através de cortes pequenos entre o estômago e o esôfago, feitos na pele.
Essa cirurgia também é importante para corrigir a hérnia de hiato, uma das principais causas de refluxo gastro esofágico.
Preparo para a cirurgia de refluxo gastro esofágica
Antes de realizar a cirurgia, é preciso que o paciente esteja em jejum de 12 horas, sem ingerir nenhum alimento sólido e 8 horas sem alimentos líquidos. Em casos de uso contínuo de algum medicamento, ele deverá ser suspenso para evitar efeitos colaterais, seguindo a recomendação médica.
São realizados exames pré-operatórios gerais e específicos para cada paciente, como hemograma completo, exame de coagulação, raios-X do tórax e eletrocardiograma, para uma avaliação completa do paciente. Assim como exames definidos pelo médico assistente e anestesiologista ou cardiologista.
Além destes, os exames de endoscopia esofágica e manometria do esôfago são feitos para determinar as funções e alterações esofágicas.
Cirurgia de refluxo gastro esofágico: Pós-operatório
A recuperação da cirurgia de refluxo gastro esofágico costuma ser rápida e com poucos riscos. Geralmente, o paciente não sente tanta dor e recebe alta um ou dois dias após o procedimento, podendo voltar à rotina após duas semanas.
Para uma recuperação ainda mais rápida, é recomendado que o paciente:
- Evite dirigir por 10 dias ao menos;
- Não levante peso;
- Não realize atividades físicas, somente um mês depois ou quando o médico liberar;
- Evite relações sexuais por duas semanas;
- Não fique sentado e nem deitado por muito tempo.
Além de todas essas recomendações, também é necessário marcar um retorno ao médico assistente para orientações dieta e outros cuidados no pós operatório.
O médico provavelmente recomendará o uso de analgésicos e anti-inflamatórios para reduzir qualquer tipo de desconforto na região da cirurgia.
Dieta pós cirúrgica
O paciente, após a cirurgia, deve se alimentar apenas com líquidos por pelo menos uma semana, o que pode se estender até duas semanas, dependendo da recuperação do paciente.
A dieta pastosa deve ser iniciada aos poucos, a partir da segunda ou terceira semana, com alimentos cozidos, purês, peixe, frango desfiado e carne moída. Somente o médico poderá liberar o paciente para que ele retome a sua alimentação normal.
Bebidas com gás, durante os primeiros meses, como refrigerantes e água gaseificada devem ser evitadas, bem como alimentos que produzem gases ao intestino, sendo eles o feijão, repolho, ovo, ervilha, cebola, pepino, melão, entre outros. O ideal é comer e beber lentamente, evitando assim as dores de estômago.
Complicações
Esse tipo de cirurgia é bastante seguro. Porém, sempre haverá riscos, mesmo baixos, de surgirem complicações, entre elas o sangramento e a infecção no corte.
Muitas vezes, dependendo da gravidade do problema, as complicações podem fazer com que o paciente precise operar novamente, sendo submetido a uma nova cirurgia convencional.