O QUE É HEPATITE FULMINANTE?
A hepatite fulminante é considerada o caso mais grave dentre as doenças que atingem o fígado, pois é capaz de levar o paciente à óbito num curto período de tempo. Ela se caracteriza pela necrose maciça e morte das células hepáticas, entre horas e semanas.
No caso da hepatite fulminante, também conhecida como hepatite aguda grave ou falência hiperaguda do fígado, o indivíduo sadio pode ficar profundamente doente em pouquíssimas horas.
QUAIS SÃO AS CAUSAS?
Doenças autoimunes e hepatite A ou B são algumas das causas que levam à hepatite fulminante no paciente. Além disso, o uso de alguns medicamentos também pode provocar o problema: antibióticos, psicotrópicos, antidepressivos, remédios para controlar o diabetes e analgésicos.
Por esse e tantos outros motivos, a automedicação é perigosa. Por isso, é importante lembrar: não se automedique. É sempre bom procurar um médico para indicar o melhor tratamento.
COMO É O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA?
Por meio do histórico clínico do paciente, e de exames físicos e laboratoriais, o médico pode obter o diagnóstico da hepatite fulminante. A biópsia do fígado também poderá ajudar a descobrir a gravidade do problema e, em algumas situações, o que ocasionou a doença no paciente.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA HEPATITE FULMINANTE?
Na verdade, os primeiros sinais da doença são iguais aos de uma hepatite comum: náuseas, mal-estar e dores no abdômen. A grande diferença é que na hepatite aguda comum, a urina do paciente apresenta uma cor escura e os olhos ficam amarelados.
No caso de hepatite fulminante, num prazo de dias ou poucas semanas, os indivíduos começam a ter perturbações do sono, e passam a trocar o dia pela noite, por exemplo, com raciocínio lento, podendo ainda, em poucas horas, entrar em estado de coma ou evoluir ao óbito.
COMO TRATAR A DOENÇA?
Por se tratar de uma doença grave, que pode levar ao óbito em pouco tempo, é importante que o caso seja conduzido por um especialista. O tratamento da hepatite aguda pode ser feito a partir de diversos recursos de terapia intensiva, e pode levar mais da metade dos pacientes à cura, caso seja implementada adequadamente.
A hepatite fulminante, quando atinge critérios específicos, possui tratamento por meio do transplante de fígado, de forma emergencial. No entanto, pela sua gravidade, essa doença é colocada como prioridade máxima na fila da Secretaria de Estado da Saúde, e o paciente pode ter a seu dispor o primeiro órgão que surgir para o transplante.
Caso essa fila ainda possa demorar, e o risco de morte do paciente aumentar, é possível também que um parente ou amigo, com o mesmo tipo sanguíneo e com pesos parecidos, faça a doação intervivos, em que parte do fígado é retirado e transplantado para o paciente com hepatite fulminante.
A partir desses recursos atuais, os médicos conseguem salvar, em média, mais de 80% dos pacientes. Por isso, é importante o diagnóstico precoce, para que haja uma chance de cura maior.