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Transplante de fígado: entenda como funciona e saiba quando é necessário

Índice

O transplante de fígado é um procedimento cirúrgico em que substituímos um fígado danificado e pouco funcionante por um fígado saudável. 

a imagem ilustra duas mãos abertas no formato de concha e o no meio delas o desenho de um fígado

Quer entender melhor como funciona a cirurgia e quando é indicada? Acompanhe mais detalhes no texto a seguir!

Como é feito o transplante de fígado? 

Geralmente, antes de realizar a cirurgia, o paciente passa por uma extensa avaliação médica, para determinar a gravidade da doença hepática, se o mesmo está apto para o transplante e outros fatores relacionados à saúde geral.

São dois tipos de doadores, sendo eles o doador falecido (por morte encefálica) ou doador vivo (normalmente um parente próximo). Doadores vivos podem doar uma parte do seu fígado, considerando que o órgão tem a capacidade de regeneração.

No caso do doador falecido, a equipe cirúrgica retira o fígado inteiro e o preserva para o transporte, enquanto no doador vivo, uma parte é removida por meio de cirurgia, conhecida como hepatectomia parcial. Em seguida, o fígado do doador é transplantado para o receptor.

Quando o transplante de fígado é indicado?

Existem várias razões para que o transplante de fígado seja indicado ao paciente, como por exemplo:

Cirrose hepática

Ocorre quando o tecido saudável do fígado é substituído por tecido cicatricial, levando à perda progressiva da função hepática. A cirrose pode ser causada por diversas condições, como hepatite crônica, alcoolismo, doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), entre outras.

Colangite esclerosante e biliar primária

Estas são condições autoimunes que afetam os ductos biliares do fígado, podendo levar à cirrose.

Hepatite 

Consiste na inflamação súbita do fígado, geralmente causada por uma infecção viral, embora também possa surgir devido à intoxicação por substâncias químicas, medicamentos ou álcool.

Além das condições destacadas acima, também pode ser necessário o transplante em casos de: 

  • Carcinoma hepatocelular;
  • Ascite;
  • Doença de Wilson;
  • Hemocromatose, entre outros.

É importante lembrar que o processo de seleção para um transplante é rigoroso e nem todos os pacientes são candidatos adequados.

Recomendações pós-operatórias

Em geral, logo após a cirurgia, os pacientes são transferidos para UTI. Lá os sinais vitais como frequência cardíaca, pressão arterial, respiração e temperatura, são monitorados regularmente. 

Principais complicações no pós operatório precoce são sangramento, trombose dos vasos que levam o sangue ao novo fígado, e infecção de ferida. 

A reintrodução da alimentação e da hidratação também dependerá da resposta individual do paciente. 

Durante a internação iniciamos os imunossupressores, para evitar a rejeição do novo órgão.

O acompanhamento médico é fundamental nesse processo para garantir que o paciente esteja se recuperando conforme o esperado e evitar qualquer tipo de complicação.

Dúvidas sobre o assunto? Conhece alguém que precisa dessas informações? Comente abaixo e compartilhe o conteúdo!

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Profº Dr. Luiz Carneiro
CRM: 22.761/SP
Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.
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