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Brasil pode ter novo surto de febre amarela?

Apesar de todo o esforço do governo para controlar o surto de febre amarela, o Brasil ainda não está livre dessa doença. O estado de alerta continua, principalmente para as regiões Sul e Sudeste, onde os casos continuam a surgir.

É importante saber que o controle dessa doença depende muito da população, que precisa se vacinar para evitar a circulação do vírus em meio urbano. Não está descartada a possibilidade de um novo surto da doença, já que as campanhas não conseguiram atingir o seu objetivo e as pessoas continuam demonstrando pouco interesse em se vacinar.

Neste artigo falaremos um pouco sobre a febre amarela, as áreas de maior risco e também por que tão importante a vacinação contra ela. Continue lendo para entender por que ainda precisamos nos preocupar com esse problema.

A febre amarela e o risco de um novo surto

A febre amarela é uma infecção que acomete vários sistemas, inclusive o fígado e por isso se caracteriza como uma doença que precisa ser tratada, pois pode levar à morte em decorrência da importância desse órgão. No entanto, nem todas as pessoas entendem a importância da prevenção.

A Organização Mundial da Saúde não descarta a possibilidade de que o Brasil vivencie um terceiro surto de febre amarela. Isso porque o vírus continua circulando em meio urbano e as campanhas de vacinação não conseguem atingir as suas metas.

Ou seja, a doença ainda pode ser transmitida para as pessoas e existe o risco dela ser contraída, pois nem todos estão imunes. Sendo assim, aqueles que ainda não foram vacinados podem ficar doentes e, como esse número de pessoas é grande (apenas 57% da meta foi alcançada em 2018), muitos ainda estão expostos ao problema.

Áreas de maior risco da febre amarela

Algumas regiões apresentam maiores chances de circulação do vírus da febre amarela. Isso se dá em função da proximidade com zonas de mata e pela grande circulação de pessoas de diferentes lugares.

Então, o maior índice dessa doença é encontrado em cidades próximas a esse ambiente, como no litoral e regiões serranas, além de cidades turísticas. Por isso, as regiões Sul e Sudeste, nesse momento, são aquelas que causam maior preocupação em função da quantidade de casos confirmados.

Para minimizar as novas ocorrências é essencial que as pessoas adotem medidas preventivas, principalmente no que se refere à vacinação, pois ela ainda é a melhor forma de evitar a contração do vírus.

Também é interessante o uso de repelentes contra insetos, evitar permanecer em locais muito próximos a matas e preferir usar roupas que cubram a pele. Mas lembrando que essas medidas são melhores para quem não pode tomar a vacina, porque para os demais, mais uma vez ressaltamos, que essa prevenção é aquela eficaz.

Por que e onde tomar a vacina da febre amarela

Como o vírus da febre amarela é transmitido pela picada de um mosquito, é muito complicado evitar a sua transmissão, senão por meio da vacina. Afinal, isso exigiria o monitoramento constante para que a pessoa não fosse picada.

Quando a vacina é aplicada, o organismo cria sua própria resistência contra o vírus, sendo assim, se ela for picada por um mosquito contaminado não desenvolverá a doença. Assim, aos poucos interrompemos o ciclo.

As metas de vacinação não foram alcançadas principalmente porque as pessoas não se sentem seguras com a vacina da febre amarela. De fato ela tem algumas contraindicações que abrangem pequenos grupos de pessoas, mas para o restante da população não oferece risco e é eficaz.

Além disso, a dose pode ser tomada de forma gratuita nos postos de saúde. Ela está disponível para quem deseja se prevenir nesse momento em que as chances de surto são maiores, mas em alguns estados faz parte do calendário anual de vacinação. Portanto, quem pretende viajar para localidades como Minas Gerais precisa tomar a vacina, assim como regiões endêmicas.

Existe a proposta de que ela faça parte do calendário em todo o Brasil, sendo que em algumas cidades isso já está acontecendo, como é o caso de Americana. Por isso, a febre amarela pode ser controlada e é possível evitar um novo surto da doença no Brasil, mas depende de cada um fazer a sua parte tomando a vacina para evitar a propagação do vírus.

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Profº Dr.Luiz Carneiro

CRM: 22.761/SP

Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

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