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A imagem mostra a ilustração de cápsulas de remédio soltas em cima de uma mesa.

No último domingo (06/02), a Dra. Liliana Ducatti, médica cirurgião do Aparelho Digestivo e Transplante de Fígado da Equipe do Profº Dr. Luiz Carneiro, fez um alerta sobre o uso de medicamentos para emagrecer e o impacto que esses medicamentos podem causar no fígado.

Confira a matéria no link a seguir:

Morte de mulher por Hepatite Fulminante traz alerta | Fantástico

Confira quais são os exames necessários para o preparo do doador para a doação de fígado inter vivos!

O Preparo do Doador

Após o preenchimento dos critérios de seleção pré-estabelecidos pela equipe médica, o candidato começa a ser preparado. 

Esse preparo envolve:

Quando coletado todos os exames de sangue, fazemos uma bateria, começando pela tipagem sanguínea, que é obrigatória a confirmação mesmo que o paciente já saiba.

É coletado também todos os exames do fígado, que são as enzimas hepáticas, para vermos se está tudo certo.

Além disso, é coletado exames de colesterol, da função renal e da função da tireoide.

Todos esses exames são coletados para termos certeza de que o doador não apresente nenhuma alteração que possa prejudicá-lo.

Exames de Imagem

Em relação aos exames de imagem, esse doador realiza dois principais, sendo:

Tomografia Computadorizada de Abdômen com Contraste na Veia

É avaliado tanto a anatomia do fígado quanto a volumetria.

O que é a volumetria? A volumetria é o quanto um software consegue estimar o peso e tamanho do fígado.

Isso é importante, pois, quando falamos em doação intervivos, falamos em doar ou o fígado direito ou o fígado esquerdo, e é necessário se certificar que o fígado que vai para o receptor é suficiente em questão de tamanho, e o fígado que vai continuar com o doador também seja suficiente para ele.

Para isso existem algumas contas que fazemos, mas, é através dessa volumetria que nós conseguimos saber.

Ressonância de Abdômen: é uma ressonância com uma colangiografia.

Se o doador se encaixou em todos os exames de sangue, laboratoriais e realizou a tomografia, ele vai para esse terceiro e último exame, que tem a função de avaliar as vias biliares.

A avaliação das vias biliares é feita para analisar se existe alguma alteração anatômica muito acentuada, pois, caso haja, essas alterações podem dificultar o transplante e trazer resultados negativos.

Consultas

Além desses exames, o doador passa em diversas consultas com cirurgiões, equipe de psicologia, equipe de enfermagem, etc.

É importante que o candidato passe por todo esse processo de assistência para que tudo fique muito bem esclarecido. Ele tem que tirar todas e quaisquer dúvidas, além de se sentir acolhido e seguro para esse procedimento.

Deixamos sempre claro que é um ato totalmente voluntário, então o doador pode desistir em qualquer momento do processo, sem nenhum tipo de julgamento e muito menos prejuízo para quem supostamente ele iria doar.

Todo esse processo multidisciplinar é muito relevante para o preparo do doador, pois assim, conseguimos minimizar os riscos de complicações durante a cirurgia e no pós operatório.

Hoje falaremos um pouco sobre a doação de fígado inter vivos, como é feita a seleção desses pacientes e quem pode doar parte do fígado durante a vida para outra pessoa.

Essa modalidade de transplante surgiu na tentativa de diminuir a fila do transplante, devido à escassez de doadores falecidos.

Quando falamos de doador inter vivos, logo pensamos em quem pode ser essa pessoa. Continue lendo para saber mais sobre esse assunto!

Critérios Utilizados para Seleção do Candidato

São estabelecidos alguns critérios tanto literários quanto critérios da própria equipe médica, começando por:

É estabelecida uma idade entre 16 e 50 anos, sendo que menores de 18 anos precisam ter autorização judicial.

Esses pacientes e candidatos a doação, têm que ser pessoas totalmente saudáveis, pois, eles serão submetidos a uma cirurgia de grande porte.

Não podem ter doenças como:

Então pacientes que, por exemplo, já estão em sobrepeso, são orientados a perder peso para assim poderem ser candidatos a doadores.

Também é estabelecido um Índice de Massa Corporal (IMC) de até 25, onde acima de 25 é considerado sobrepeso.

Outro critério utilizado é a compatibilidade de sangue ABO, que é igual a doação de sangue, ou seja:

Grau de Parentesco

Em relação ao grau de parentesco, pela legislação, é aceito um grau de parentesco até 4º grau.

Fora disso, é necessário ter um consentimento da equipe que esteja de acordo com aquela pessoa doando para o receptor, e também uma autorização judicial para que o procedimento possa ser realizado.

Se o candidato estiver dentro de todos esses critérios, ele pode sim prosseguir para uma avaliação médica.

Vale lembrar que o fígado só pode ser doado uma vez na vida.

O Fígado cresce novamente?

Apesar de o fígado crescer com o passar do tempo, cerca de dois anos, ele cresce como um todo. Por exemplo, se foi retirado a parte direita, não é a parte direita que irá crescer, e sim a parte esquerda que crescerá como um todo.

Logo, é um procedimento que só pode ser feito uma vez na vida, por isso é muito importante essa conversa com os candidatos a doadores.

É necessário orientar muito bem, esclarecer todas as dúvidas, ver se eles se enquadram nesses critérios e se eles se enquadrarem, podemos prosseguir com os demais exames para analisar também a parte anatômica.

Espero que tenha ficado claro. Qualquer dúvida, pode entrar em contato.

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