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Hemangioma no Fígado

A imagem mostra uma ilustração do corpo humano com destaque no fígado.

O que é hemangioma hepático?

O hemangioma hepático é um tumor benigno, formado em função de vasos sanguíneos que se enovelam. Ele não é um problema causado por bactérias ou vírus, e também não se trata de fígado inflamado.

Causas do hemangioma hepático

Sua formação ocorre enquanto o embrião está se desenvolvendo, ou seja, trata-se de um problema, em sua grande maioria uma alteração congênita. A pessoa nasce com ele, e muitas vezes, o descobre apenas depois de anos.

Os hemangiomas podem se formar em vários órgãos do corpo humano. Na pele, por exemplo, ele é caracterizado por manchas vermelhas. Já no fígado, surgem pequenos tumores, que em nada afetam a função hepática.

Sintomas do hemangioma hepático

Pessoas que apresentam hemangioma hepático, muitas vezes, podem nem perceber que o tumor existe. Isto porque ele não costuma manifestar sintomas, mantendo-se do mesmo tamanho desde o nascimento do indivíduo, sem alterações.

Mas, pode acontecer de o problema aumentar. Ainda assim, raramente o médico pedirá exames de diagnóstico específico para identificá-lo.

É muito comum que o hemangioma seja diagnosticado durante algum exame solicitado por outros motivos médicos.

Esses tumores benignos, encontrados por acidente, na maioria das vezes são pequenos, mas podem existir casos mais graves. Quando classificadas como gigantes, as lesões chegam a atingir mais de 10 cm de diâmetro.

Nesses casos é que o hemangioma costuma causar algum incômodo, porque seu volume o leva a “dilatar” a cápsula do fígado, ou a empurrar outros órgãos e estruturas próximas, como o estômago.
Quando isso ocorre, ele pode causar alguns sintomas, entre eles:

  • Febre;
  • Dor abdominal;
  • Saciedade precoce;
  • Sensação de estufamento após as refeições;
  • Vômitos.

Lembrando que essas condições são incomuns, e mesmo nesses casos, o hemangioma é encontrado por acaso.

Complicações que o hemangioma pode causar

Por ser benigno, o hemangioma não traz consequências graves para a saúde do paciente. Apenas quando ele cresce demais é que pode trazer incômodos.

Ou ainda em casos raros, onde ocupam uma grande parcela do fígado, com o risco de rompimento.
A lesão não se rompe sozinha, mas se for grande demais, e a pessoa sofrer um trauma, então os vasos sanguíneos se rompem, ocasionando hemorragia interna.

Também podem se formar coágulos em seu interior, condição que leva ao consumo de plaquetas, que por sua vez, aumenta a chance de hemorragias em outros órgãos.

Diagnóstico do hemangioma no fígado

Pela ausência de sintomas, o nódulo no fígado é descoberto quando o paciente precisa tratar ou investigar outros problemas de saúde.

Em mulheres, por exemplo, os tumores hepáticos podem ser encontrados através de exames de imagem, para fins ginecológicos.

De toda forma, o tumor é investigado pelo especialista para que o diagnóstico seja obtido, e a hipótese de doenças mais agressivas sejam excluídas.

Assim sendo, são solicitados exames de imagem para análise da lesão, tais como:

  • Ultrassonografia;
  • Tomografia;
  • Ressonância nuclear magnética.

Também podem ser indicados outros exames, para nódulos duvidosos e não característicos de hemangioma, como:

  • Arteriografia;
  • Biópsia hepática (não deve ser realizada na suspeita de hemangioma);
  • Exames laboratoriais (para identificar se o nódulo no fígado não é maligno).

Como tratar o hemangioma no fígado?

Quando o hemangioma no fígado é pequeno, e não causa sintomas, ele não precisa ser tratado. Ou seja, necessita apenas de acompanhamento médico e exames anuais, ou a cada dois anos, para verificar se houveram alterações de tamanho da lesão.

Tratamento cirúrgico

A indicação de cirurgia existe em casos extremos, apenas quando o tumor é classificado como gigante, e interfere na qualidade de vida do paciente.

Além disso, a cirurgia também pode ser indicada em casos pós-trauma, e com o sangramento da lesão. Desta forma, as indicações variam conforme a necessidade de cada um, sendo elas:

  • Ressecção cirúrgica;
  • Embolização;
  • Ligadura da artéria hepática;
  • Corticoterapia;
  • Radioterapia.

O transplante hepático pode ser indicado para o tratamento do hemangioma gigante com síndrome compartimental. O tamanho do tumor em si não é um fator que indica a necessidade de tratamento.

O que determina isso é a influência do hemangioma na saúde do paciente, e as complicações que ele pode causar. De toda forma, o hemangioma no fígado exige cuidados mais expressivos.

Existe prevenção?

Não existe nenhum tipo de dieta específica que possa evitar o hemangioma hepático. Porém, o indivíduo pode tomar alguns cuidados com a alimentação, para manter a saúde do fígado. Entre esses cuidados, estão:

  • Evitar o consumo em excesso de alimentos ricos em gordura, sal e açúcar;
  • Aumentar o consumo de fibras, como cereais integrais;
  • Incluir ao menos 5 porções de frutas e vegetais na alimentação;
  • Dar preferência para carnes magras, como peixe, peru e frango;
  • Evitar o consumo em excesso de bebidas alcoólicas;
  • Aumentar o consumo de água, em torno de 2,5 litros por dia.
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dr Luiz Carneiro sorrindo com braços cruzados

Profº Dr.Luiz Carneiro

CRM: 22.761/SP

Diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas, professor da FMUSP e chefe do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

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